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Parto humanizado e sem medo

Foto: Eline Ribeiro


“Maurício Dante veio ao mundo no dia 21 de janeiro de 2016, às 10h18, depois de 40 horas de trabalho de parto. Veio da forma mais linda, natural-humanizada”, relatou a fotógrafa Melissa Rodrigues. Esse fato chama a atenção para as diversas modalidades de um parto normal. O que modifica é a maneira de como o parto é realizado e conduzido. Na hora mais importante na vida da mulher, na qual ela vai ter um filho, muitas vezes sua vontade não é levada em consideração. Diante disso, métodos alternativos estão cada vez mais sendo efetivado na saúde brasileira, como o parto ativo ou mais conhecido, parto humanizado, pratica que surge para acabar de vez com o método cesariano.

Há muita polêmica em torno do parto humanizado, mas a maioria aceita que não significa mais uma nova técnica, mas sim deixar a natureza fazer seu trabalho, isto quer dizer realizar o mínimo possível de intervenções médicas e claro, apenas com o consentimento da gestante, ou seja, as decisões da mulher são levadas muito mais em conta do que um parto convencional. Por esse motivo que a fotógrafa Melissa Rodrigues optou por ter um parto domiciliar. “Escolhi ter meu bebê em casa, por não querer intervenções desnecessárias hospitalares, além disso, é onde eu teria mais liberdade na hora do trabalho de parto”, frisou.

Pesquisas mostram que até 80% das mulheres desejam ter um parto normal, mas mudam de ideia ao longo da gestação, porque são desencorajadas. Claro que a cesariana é uma cirurgia que foi inventada para salvar vidas em casos de complicações que coloque em risco a vida da própria mãe como do seu bebê.

Foi o que aconteceu com a supervisora de lojas Thaís Reis: “Estava tudo certo para ter um parto normal, devido eu apresentar um problema no canal cervical, chamado de incompetência istmo-cervical, incapacidade do colo uterino de manter uma gravidez. Fizeram um procedimento chamado, cerclagem uterina, que consiste na colocação de um fio de sutura no colo uterino para impedir sua dilatação antes do tempo desejado. Por esse motivo, quando fui ter meu bebê, o médico me indicou que eu fizesse um parto cesariano, porque o cordão umbilical estava enrolado no pescoço da criança, então assim o fizeram. Depois de algum tempo, fui saber que a chamada circular de cordão é muito comum e, na maioria das vezes, não justifica a indicação para a cesária”.  



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Cesariana x Normal

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a cesariana aumenta em 120 vezes as chances de o recém-nascido ter complicações respiratórias e ir para a UTI. Geralmente, isso acontece porque o bebê é retirado da barriga da mãe antes do tempo. Um parto normal não necessariamente é humanizado, basta notar os procedimentos que são usados, entre os quais estão: anestesia, exames vaginais, monitoramento dos batimentos cardíacos, o uso do soro e de medicamentos para controlar a contração (aumentar e diminuir), entre outras. É notório que depois de tantas intervenções, fica difícil atribuir o adjetivo humanizado ao ato de dar a Luz.

No parto humanizado, na qual a mulher é a protagonista, todas as escolhas dela são respeitadas, desde o local até a posição que se sentir mais a vontade.  Ela também tem o primeiro contato direto com o bebê, fortalecendo os vínculos afetivos, o que não acontece nos hospitais por exemplo. Além do mais, o procedimento não se limita apenas ao momento do nascimento do bebê, mas sim a todo o processo da gestação e do pós-parto. Neste momento é importante também o trabalho da Doula, são as acompanhantes de parto que oferecem suporte afetivo, físico e emocional para as mulheres, lembrando que elas não substituem o pai ou o acompanhante, apenas dão assistência durante o trabalho de parto, para confortar a mulher, através de massagens, sugerem formas de prestar apoio na hora da expulsão.

Vale ressaltar que para as crianças os riscos de complicações tendem a diminuir, eles nascem mais tranquilos. Já que o bebê recebe um aviso biológico de que sua hora de nascer já chegou e prepara-se melhor para esse momento, vindo ao mundo com menos problemas de adaptação.

Nesse contexto, a humanização do parto é mais que uma escolha. É um direito conquistado para que todas as mães e bebês sejam respeitados no pré-natal, no parto e no pós-parto, fazendo desse momento tão especial uma experiência plena de respeito, cuidado e acolhimento.







·          * Colaboração Bianca Rodrigues – Aluna do Curso de Jornalismo da Faculdade Estácio- Belém