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Sete paraenses nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro



As meninas do basquete em cadeira de rodas vão representar o Pará - Foto Ag.Pará

Sete atletas devem representar o Pará nas Paralimpíadas, disputadas no período de 7 a 18 de setembro, no Rio de Janeiro. Cinco integram a seleção feminina de basquete em cadeira de rodas: Andreia Farias, Lia Soares, Perla Assunção, Lucicléia Costa e Zileide Brito. Além delas, tem o campeão paralímpico e mundial de atletismo Alan Fonteles, especialista em provas de velocidade, que teve as duas pernas amputadas aos 21 dias de vida, por conta de uma infecção intestinal, e o atleta José Márcio da Silva, de goalball – modalidade paralímpica voltada para deficientes visuais.

O treinador e fundador do All Star é o paraense Wilson Caju, que já foi técnico da seleção brasileira de basquetebol para cadeirantes durante 13 anos. Caju foi técnico da seleção brasileira feminina de basquete sobre rodas em duas paralimpíadas, em Pequim (China, 2008) e Londres (Inglaterra, 2012). Ele deixou a liderança do time em 2013, depois da participação brasileira que foi campeã da Copa das Américas, na Guatemala. A Confederação Brasileira de Basquetebol de Cadeira de Rodas (CBBC) passou a coordenação técnica da seleção feminina ao capixaba Martoni Moreira Sampaio.

Perla - A paratleta Perla Assunção, 30 anos, é jogadora de basquete há seis anos. Ela está na seleção brasileira desde 2012, e em 2014 ganhou o Troféu Rômulo Maiorana, além de ser eleita a melhor atleta paralímpica de basquetebol do Brasil. Para Lucicleia Costa, 35 anos, há 16 anos no basquete em cadeira de rodas, jogar nas paralimpíadas é a realização do maior sonho. A participação na última paralimpíada foi a melhor da história da seleção feminina: a equipe ficou em nono lugar em Londres.



Alan Fonteles esperança de medalha - Foto Cristino Martins

Alan Fonteles – Nascido em 21 de agosto de 1992, em Marabá (PA), Alan é esperança de medalha de ouro. Ele ficou mundialmente conhecido em Londres-2012. Na prova dos 200m rasos, ele venceu de forma impressionante o até então melhor do mundo Oscar Pistorius, chocando todos os presentes ao Estádio Olímpico. Desde então, o brasileiro se consolidou como o principal velocista paraolímpico e tem tudo para chegar aos Jogos do Rio de Janeiro-2016 como favorito a conquistar mais medalhas de ouro.

José Márcio - Um exemplo é o aluno José Márcio, convocado pela Seleção Brasileira de Goalball, que vai disputar a Paralimpíada Rio 2016. Ele estudou na Unidade Especializada Álvares de Azevedo e na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Vilhena Alves. Há dois anos, foi convocado e passou a morar no Rio de Janeiro, onde é paratleta oficial da seleção. Graças ao trabalho do NEL, o Pará já é considerado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro referência de talentos no esporte. De 2011 a 2014, os paratletas paraenses conquistaram 105 medalhas de ouro, 82 de prata e 82 de bronze nas Paralimpíadas Escolares Nacionais. O melhor resultado ocorreu em 2013, com a conquista de 111 medalhas. Este ano, 59 paraenses já foram selecionados para participar das Paralimpíadas Escolares Nacionais, no Rio Grande do Norte, entre 23 e 28 de novembro.