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Estudante com Síndrome de Down é aprovada em vestibular no Pará





O deputado Carlos Bordalo, em pronunciamento no Plenário da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), na manhã desta quarta-feira (26/10), apresentou Votos de Aplausos e Congratulações a Marina Gutierrez Nunes Viana, 17 anos, e sua família, por ser a primeira pessoa com Síndrome de Down no Pará a ser aprovada em uma faculdade. Bordalo reconhece as dificuldades e limitações destas pessoas, pois é pai de Thaís, também portadora da mesma doença. A estudante Marina Gutierrez Nunes Viana, de 17 anos, foi aprovada no vestibular da Faculdade Ideal (Faci), para cursar Gestão de Recursos Humanos. Ela é a primeira pessoa com Síndrome de Down a passar no vestibular no Estado. A conquista emociona a todos, principalmente os familiares da estudante. Mas não foi exatamente uma surpresa, pelo menos para Fábio Viana que acompanhou bem de perto todo o esforço e a dedicação da irmã. Marina coleciona medalhas de Honra ao Mérito que recebeu no período escolar, pelo seu alto desempenho nos estudos.

Marina teve uma infância com problemas de saúde, devido à síndrome. Assim que completou um mês de idade, começou a ser atendida na Apae, onde permaneceu por apenas um mês. Aos três meses, passou a ser acompanhada na Clínica Nossa Senhora da Gloria, no Rio de Janeiro, quando sua família iniciou o Método de Reorganização Neurológica. Por essa razão, toda sua estimulação era feita em casa mesmo e pelas pessoas que compunham o ambiente familiar, conforme a orientação do referido método. Os pais se dedicaram imensamente para que o desenvolvimento de Marina fosse o máximo possível.

A caloura começou a estudar em escola regular, no Colégio Adventista, em Belém e, entre seis e sete anos de idade já estava alfabetizada, desenvolvendo um verdadeiro fascínio pela leitura. Acordava cedo, já com um livro na mão, chegando ao ponto de a família ter de “esconder” momentaneamente os livros, para que Marina se dedicasse a outras atividades durante o dia.

Sua paixão por leitura a levou a conquistar diploma de leitura, entregue aos alunos que liam a maior quantidade de livros. E assim Marina chegou ao 3º ano do Ensino Médio, o que lhe exigiu muita disciplina pois tinha de dormir cedo e estudar nos dois horários, contando apenas com um pequeno intervalo para o almoço. Como muitos jovens que se preparam para o Vestibular, Marina também faz Kumon e o Método Supera, além de contar, em casa, com a parceria de sua mãe e de sua professora Janaína Torres na rotina domiciliar de estudos.

No ranking nacional, Marina é a 34ª pessoa a passar em uma faculdade, o que comprova que vale a pena investir na educação regular de alunos com Síndrome de Down. Em 16 de outubro deste ano, Marina fez a mesma prova que todos os candidatos integralmente e obteve aprovação.

·         Colaboração Ana Lidia Campos