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Casa da Onze janelas recebe exposição Imêmores, de Alberto Bitar

Alberto Bitar apresenta seu mais novo projeto fotográfico: Imêmores (docs), um projeto selecionado no Prêmio de Produção e Difusão Artística 2016, da Fundação Cultural do Pará. Imêmores (docs) foi exibido pela primeira vez no dia 15 de dezembro, no Laboratório das Artes, do Museu Casa das Onze Janelas. A exposição ficará disponível para visitação até o dia 29 de janeiro.

Papéis empilhados e palavras esquecidas. Páginas e mais páginas cheias de frases borradas, apagadas pela ação indelével do tempo. Neste cenário, de documentos deixados para trás, o fotógrafo paraense Alberto Bitar encontrou um terreno fértil para abordar o tema latente na sua obra, a relação da memória e o tempo

Em mais uma busca por fragmentos de memórias deixadas em objetos, Alberto Bitar se lança neste projeto capturando imagens de arquivos públicos e também privados já desativados. Na pesquisa foram fotografados registros como do primeiro emprego, demissão, autorização de compra, férias, negativa de licenças, firmações de contratos, relatórios que guardam em si a memória das pessoas e da dinâmica de um lugar.

O trabalho será apresentado na forma de instalação com as imagens guardadas em pastas e arquivadas em mobiliário de aço, muito comuns em instituições, tanto públicas quanto privadas. Para acessar as imagens, o espectador terá de manipular o armário recheado de fotografias guardadas como documentos. Além das imagens, o público será surpreendido com um poema, que teve seu uso na instalação autorizado ao fotógrafo pelo poeta e filósofo Antônio Cícero.

Esta é a primeira vez em 25 anos dedicados à fotografia que o autor experimenta uma exibição que exige a interação do público. “Sempre me deixei atrair por esses fragmentos de uma memória. As peças foram se encaixando aos poucos. Um dia, ao visitar a casa onde guardo alguns objetos e que continua abandonada, me deparei com esse móvel que pertenceu à minha família e que eu acredito combinar com a ideia da série”, declarou o artista.

O artista

Alberto Bitar nasceu em Belém em 1970 e é formado em Administração pela universidade da Amazônia (Unama). Em 1991 se envolveu com a fotografia através das oficinas da Associação Fotoativa. Participou de diversas coletivas, como "Veracidade" (MAM-SP, 2006) e "Trilhas do Desejo" (Itaú Cultural, São Paulo, 2009). Entre suas exposições individuais estão "Passageiro" (Galerias de Fotografia FNAC, Brasília, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, 2005); "Sobre o Vazio" (Associação Fotoativa, Belém, 2010) e "Efêmera Paisagem" (Kamara Kó Galeria, Belém, 2012).

Possui trabalhos nos acervos da Coleção Pirelli/ MASP, dos Museus de Arte Moderna de São Paulo e da Bahia, da Fundação Biblioteca Nacional e do Sistema Integrado de Museus (SIM-PA). Recebeu premiações em seis edições do Arte Pará, além dos prêmios Funarte Marc Ferrez de Fotografia (2010) e Festival Cinema e Cidade (2008), entre outros.

Serviço: Exposição “Imêmores”, de Alberto Bitar. Visitação até 29 de janeiro de 2017
Local: Laboratório das Artes
Horário de Funcionamento: Terça a sexta, das 10h às 16h / Sábados, domingos e feriados, de 9h as 13h
Agendamento de Visitas: 4009-8845 (com Ademar Queiroz)