Dia 29 de Janeiro é o Dia
Internacional do Hanseniano, por isso, no período de 23 a 29 deste mês, a
Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) intensificará suas ações. Os
trabalhos consistem em capacitar seus colaboradores e desmistificar assuntos
ligados à enfermidade. “Todos os treze centros regionais de saúde do Estado
serão acionados para realizar ações educativas em prol da luta contra a
doença”, antecipa Rita Beltrão, coordenadora estadual do Programa de Controle
da Hanseníase.
O médico Carlos Cruz, que
trabalha com o diagnóstico da doença há mais de 40 anos, informou que no Pará
as taxas de incidência da hanseníase estão caindo. Segundo ele, de 2004 a 2015,
ocorreu uma queda de 36,15% no coeficiente de novos casos, que passaram de
7.065 para 2.037. “Os números baixaram significativamente durante os últimos 10
anos, mesmo assim, a meta ainda não foi superada. Diante disso, a Organização
Mundial da Saúde estipulou que até o ano de 2026 deve-se ter um caso de
hanseníase para cada 10 mil habitantes”, pontuou.
Outro fator positivo que envolve
as estatísticas da doença no estado, é que o número de casos de abandono do
tratamento também foi reduzido, não chegando a 6,02%, o que é considerado bom
para o parâmetro do Ministério da Saúde, que é de 10%. Já os casos de cura
chegam a 81%. E a cada ano vêm aumentado.
Diagnóstico/Tratamento
A hanseníase se manifesta com
manchas na pele que podem ter aspectos diferentes, além de apresentar uma alteração
fundamental que é a perda da sensibilidade, sendo que nenhuma outra doença
possui essa característica. Também pode haver queda de pelos e ausência de suor
no local da mancha. A hanseníase é uma doença dermatoneurológica, ou seja, ela
atinge a pele e os nervos, podendo causar deformidades em membros importantes,
tais como mãos e pés.
O tratamento é realizado nas
unidades de saúde de cada município e é gratuito. A partir da primeira dose do
medicamento o paciente já não transmite mais a doença. Para ficar curado, é
necessário realizar o tratamento até o final. A hanseníase tem cura, quanto
mais precoce for o diagnóstico, mais fácil será o tratamento.
Serviço:
Coordenação Estadual de Controle
da Hanseníase. Contatos: (91) 4006-4300 e hanspara@yahoo.com.br