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Sespa agiliza cirurgias para correção de fissura labiopalatal



Após reestruturação nos serviços, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) dá continuidade às cirurgias para correção de lábios leporinos. O procedimento, que antes era feito no Hospital Ophir Loyola, passou, desde outubro passado, para o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, que tem estrutura pediátrica e dez leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) já habilitados para dar suporte ao serviço. Até o momento já foram contemplados 56 pacientes, incluindo crianças de seis meses.

“A meta é fazer a média de 25 cirurgias por mês. Com isso, vamos atender todos os pacientes em tempo hábil, sem que eles tenham que esperar na fila pelo procedimento. Estamos colocando em prática o compromisso firmado”, diz a secretária adjunta de Gestão de Políticas em Saúde, Heloísa Guimarães.

Os pacientes são oriundos de municípios como Bragança, Anapu, Concórdia do Pará, Acará, Irituia, Ananindeua, Salvaterra, Castanhal, Limoeiro do Ajuru, Anajás e São Caetano de Odivelas. Após a cirurgia, eles continuam sendo acompanhados para tratamento de reabilitação no serviço ambulatorial do Ophir Loyola, que tem toda a estrutura com especialistas nas áreas de odontologia, fonoaudiologia e psicologia.

O serviço de fissurados do Hospital Oncológico Infantil é composto por uma equipe qualificada e preparada para o procedimento, que conta com os quatro médicos cirurgiões plásticos Cynthia Rocha, Franklin Rocha, Flávia Breyner e Jorge Reis, além de um anestesista especializado em criança. “Todos os procedimentos foram bem sucedidos, sem nenhuma intercorrência. Tudo foi de acordo com o que estava previsto”, informa Cynthia Rocha.

Logo que o serviço começou no Oncológico Infantil, eram 90 pacientes aguardando cirurgia, número que foi reduzido em menos de três meses. Segundo o cirurgião Franklin Rocha, a meta é zerar a fila até este mês de fevereiro e passar a receber pacientes novos. “O serviço está funcionando muito bem. Os pacientes têm o mesmo atendimento dos demais tratados em outras capitais, como São Paulo e Curitiba, referências nesse procedimento. Temos a perspectiva de tornar este um dos maiores serviços de fissurados do Norte do Brasil em volume de cirurgia. Temos capacidade e condições, pois o hospital dispõe de equipamentos de primeira qualidade”, afirma.

O fluxo de atendimento sempre ocorre por meio da Central de Regulação. Inicialmente, o paciente passa por uma avaliação ambulatorial no Ophir Loyola. Havendo a necessidade da cirurgia, o paciente faz exames e agenda a data do procedimento no Oncológico.

O lábio leporino é um defeito genético localizado entra e boca e o nariz do bebê, muito comum no Brasil e também em outros países do mundo, detectado geralmente após o nascimento da criança. O problema pode acontecer quando o lábio superior aparece com divisão em decorrência de uma falha durante o processo de formação da face da criança, e que impede que as duas partes do rosto se juntem adequadamente.