A Fundação Amazônia de Amparo a
Estudos e Pesquisas (Fapespa), em parceria com a Secretaria de Estado de
Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), divulgou o conteúdo
analítico sobre o desempenho do mercado de trabalho no primeiro semestre de
2017. Os dados estão relacionados ao desempenho do setor a partir da
movimentação do emprego celetista (com carteira assinada) no Estado, com base
nas admissões, desligamentos e saldo, além da identificação do perfil do trabalhador
celetista paraense admitido e desligado quanto a sexo, escolaridade e faixa
etária.
A base de dados utilizada como
referência da movimentação de emprego no mercado de trabalho formal foi o
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), disponibilizado pelo
Ministério do Trabalho e sistematizado pela Fapespa.
Após dois anos de resultados
negativos no mercado de trabalho do Brasil no primeiro semestre, a geração de
emprego voltou a ser positiva em 2017, com o saldo de 76.680 novos vínculos trabalhistas
nos seis primeiros meses deste ano. Cenário semelhante vem se reproduzindo no
Pará nos últimos dois meses. Das 27 unidades federativas, 14 apresentaram
resultados no incremento do saldo de emprego, influenciando na variação
positiva de aproximadamente 0,18% no estoque de empregos nacional.
Destaques - Apesar do saldo
negativo no acumulado do primeiro semestre, alguns municípios do Pará
registraram geração de emprego, entre eles Marabá (no sudeste), que se destacou
com o maior incremento - 1.058 novos vínculos empregatícios -, seguido de
Paragominas (na mesma região), com 554 novos contratos formais de trabalho. Com
o terceiro melhor saldo de emprego, Xinguara (no sudeste), se destacou com 291
vínculos adicionais no estoque de trabalhadores com carteira assinada.
Em Marabá, o setor da Construção
Civil foi o que mais gerou postos de trabalho - 628. O mesmo setor apresentou
destaque em Paragominas, com a geração de 178 vínculos empregatícios. Dos 144
municípios analisados, 67 apresentaram saldos positivos.
Ao analisar o mercado de trabalho
paraense com relação às ocupações que registraram as maiores movimentações de
emprego no primeiro semestre, foi verificada que a ocupação “Vendedor de
Comércio Varejista”, ligada ao setor do Comércio, teve a maior movimentação,
com 16.711 vínculos, seguida por Servente de Obras (também na Construção
Civil), com movimentação de 13.845 vínculos, e Auxiliar de Escritório em Geral,
respondendo por 11.848 vínculos.
Tendência - O presidente da
Fapespa, Eduardo Costa, acrescentou que, “comumente, a movimentação de emprego
no segundo semestre é maior que no primeiro. Porém, devido à tendência dos
últimos meses indicando um possível aquecimento da economia nacional e
regional, a expectativa é de um saldo anual ainda negativo, embora em um
patamar menor do que o alcançado em 2016".
Quanto ao porte dos
empreendimentos constituídos no Estado, apenas empresas que empregam até quatro
funcionários registraram saldo positivo, com 12.473 novos vínculos.
De acordo com o secretário
adjunto da Seaster, Everson Costa, “em geral, as perspectivas da política
pública do Estado focada na geração de emprego, apoiada até por impressões
externas, como segmento empresarial, apresentam caminhos que podem atenuar esse
cenário de desemprego no Estado e melhorar as expectativas para o nosso mercado
de trabalho”.