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Segup esclarece sobre rebelião em presídio de Bragança




Com informações apuradas junto à Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe), Polícia Civil, Polícia Militar e Centro de Perícia Científica Renato Chaves (CPC), a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) esclarece que:

Já foram oficialmente fornecidos pelo CPC, por volta das 14h30 desta terça-feira (17), os resultados da necropsia dos corpos encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Castanhal, após fuga de presos durante rebelião no Centro de Recuperação Regional de Bragança (CRRB), na manhã de ontem (16).

Os fugitivos: Alan Monteiro, Arlindo da Silva Silva, Rodrigo da Silva Costa, Renan Assunção Mendonça e Elton Rodrigues da Silva foram identificados por reconhecimento familiar. Todos os corpos já foram liberados.

Dois inquéritos, um pela Polícia Civil e outro Inquérito Policial Militar (IPC) foram abertos para apurar as circunstâncias das mortes dos fugitivos durante a perseguição policial.

A Susipe informa que dois fugitivos foram recapturados: Luan Victor do Rosário Reis e Rafael Rodrigo Sousa da Silva. Somente o detento Cláudio Robson Amorim continua foragido.

Dois detentos seguem internados em um hospital de Bragança e devem ser transferidos ainda hoje para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua. O estado de saúde deles é considerado estável. Os outros cinco presos feridos já foram liberados e estão na unidade prisional.

A Susipe informa também que após a rebelião, 31 presos foram transferidos do CRRB para outras unidades prisionais do Estado.

Investigações

A Polícia Civil já iniciou as investigações sobre as circunstâncias do motim, da fuga de presos e das mortes dos cinco fugitivos. O inquérito é presidido pelo delegado Wander Veloso, da Unidade Integrada Pro Paz (UIPP) de Bragança. Até o momento, os 31 presos envolvidos no motim já foram ouvidos em depoimento pela equipe da Polícia Civil de Bragança.

Além dos depoimentos, a equipe da Polícia Civil já está de posse de três armas de fabricação artesanal - uma espingarda e duas garruchas - e três armas brancas - um facão e duas facas comuns - que teriam sido usadas pelos presidiários. As armas foram encaminhadas para perícia.

Além desse material, a Polícia Civil apreendeu sete armas de fogo - três carabinas Magal.30 e quatro pistolas 940 calibre .40 - usadas pelos policiais militares durante a perseguição aos fugitivos e que resultou nas mortes de cinco deles e recaptura de dois. O armamento também passará por perícia para verificar de quais armas partiram os disparos que levaram às mortes dos fugitivos.

Corregedoria

Os quatro policiais envolvidos na ação de tentativa de recaptura dos presos em fuga do CRRB estão à disposição da Corregedoria Geral da Polícia Militar, que instaurou Inquérito Policial Militar para investigar as circunstâncias das cinco mortes ocorridas durante o episódio. A instauração do IPM será publicada na quarta-feira (19), no Boletim Geral da PM.

Os militares responderão ao inquérito em liberdade e, no momento, continuam desenvolvendo suas atividades em áreas administrativas.

A Corregedoria explica que o prazo legal do IPM é de 40 dias prorrogáveis por 20, tempo necessário para se investigar todas as circunstâncias do fato ocorrido e a obtenção das perícias produzidas pelo Centro de Perícias Científicas Renato Chaves.