O Pará vai ganhar o primeiro
centro integrado de inclusão e reabilitação da região Norte. Localizado na
rodovia Arthur Bernardes, em Belém, às margens da Baía do Guajará, o Centro
Integrado de Inclusão e Reabilitação – CIIR está instalado em uma área total de
mais de 40 mil metros quadrados. O
Centro é diferente de outros que já existem no país por integrar vários
serviços em um único local. A obra foi iniciada em março de 2014 e está orçada
em mais de R$ 32 milhões, recursos do tesouro estadual. O CIIR faz parte das
ações previstas pelo Governo do Estado ampliando os serviços já oferecidos pela
Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). A inauguração do Centro será
nesta quarta-feira, 30, às 16h30.
O CIIR vai agregar, em um único
espaço, assistência médica, odontológica, reabilitação, capacitação, oficinas
para produção de próteses e serviço de apoio e diagnósticos em crianças, jovens
e adultos com deficiência no Estado do Pará. No CIIR vai funcionar um Centro
Especializado em Reabilitação (Ceriv) para usuários com deficiência auditiva,
física, intelectual e visual; uma oficina ortopédica fixa e um Centro de
Especialidades Odontológicas (CEO II).
Atendimento
O usuário terá assistência
especializada, segura, de qualidade e humanizada, com serviços de saúde na área
visual, auditiva, física, intelectual, ostomia, mobilidade reduzida e múltiplas
deficiências, além do atendimento na área odontológica especial, serviço de
apoio e diagnóstico com raios X digital, ultrassografia, eletroneuromiografia,
ergoespirometria, eletroencefalograma, eletrocardiograma, ecocardiograma, mapa,
holter, raios X odontológico, densitometria óssea e hidroterapia com piscina
aquecida.
Eles também terão à disposição
atendimento ambulatorial em anestesiologia, clínica médica com qualificação no
atendimento de urgência, cardiologia, fisiatria, genética, neurologia adulto e
infantil, oftalmologia, ortopedia, otorrinolaringologia, urologia,
proctogastroenterologia, psiquitaria, odontologia, endodontia, periodontia,
bucomaxilofacial, estomatologia, fisioterapia, terapia ocupacional,
fonoaudiologia, serviço social, enfermagem, nutrição, pedagogia, psicologia,
sociologia e educação física. A piscina do centro, por exemplo, terá elevador
para cadeirante e água morna o tempo todo, para que desde crianças até idosos
tenham esse tipo de treinamento.
Destaque para a oficina de órtese
e prótese instalada no espaço e que será uma das primeiras no Pará a fazer esse
tipo de serviço. Antes, as peças eram encomendadas de oficinas em outros
lugares do país. Os serviços serão prestados por uma equipe multiprofissional
com aproximadamente 300 colaboradores que estão sendo treinados para o
atendimento especializado.
Inclusão social e cultural
No local, a Fundação Cultural do
Pará (FCP) instalará uma biblioteca inclusiva para Braille e Libras (Língua
Brasileira de Sinais), além de um laboratório de manipulação em argila e
trabalhos manuais, bem como aulas de dança e teatro. Essas oficinas são para
garantir também a inclusão para os familiares das pessoas que precisam de
reabilitação, que podem aguardar o usuário ser atendido participando de alguma
atividade.
Como chegar ao CIIR
Após atendimento pelas Unidades
Básicas de Saúde (UBS) e posteriormente nas Unidades de Referência
Especializada (URE), da Sespa, o usuário com deficiência passará por triagem e,
então será direcionado, a partir do Sistema de Regulação (Sisreg), para o CIIR.
Outras duas formas de entrada ao Centro é por meio da Coordenadoria de Educação
Especial da Secretaria de Educação do Estado (Seduc), e do Centro Integrado de Inclusão e Cidadania
da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda
(Seaster).
As pessoas atendidas nesses
locais também passarão por triagem, e posteriormente, serão direcionadas a
partir do Sisreg para o CIIR. Caso o usuário necessite de uma cirurgia ou exame
especializado como, por exemplo, uma tomografia ou ressonância magnética; a
partir do CIIR ele será encaminhado, via Sisreg, para os hospitais e
policlínicas credenciadas e retorna, pelo mesmo sistema, ao CIIR para
acompanhamento. Não haverá atendimento espontâneo e sim um trabalho organizado
a partir de agendamentos e encaminhamentos do atendimento para a pessoa com
deficiência.
O Centro será administrado pelo
Governo do Pará, por meio da Sespa, em parceria com o Instituto Nacional de
Desenvolvimento Social e Humano (INDSH).