A qualidade dos serviços prestados à
população pelas empresas operadoras de transporte hidroviário para o Marajó
motivou a Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Pará
(ARCON-PA), a realizar uma reunião nesta segunda-feira, 02 de setembro, na sede
do órgão, em Belém. As constantes denúncias recebidas na Arcon-PA envolvendo a
problemática da segurança e qualidade do serviço de transporte para o Marajó,
levou a agência a mobilizar os órgãos e entidades civis envolvidos na busca de
propostas para garantir a qualidade do serviço oferecido à população.
" A quantidade de denúncias da
população quanto a segurança das embarcações , a demora no tempo de viagem, a
qualidade dos equipamentos, a acessibilidade dos deficientes motivaram a busca
de soluções para mudar este cenário, garantindo a segurança das viagens. A
intenção é traçar uma proposta em parceria com os órgãos envolvidos com a
segurança, as empresas operadoras e a população para a melhoria do serviço
oferecido" , explica Ivan Bernaldo.
Foram convocados representantes do
Ministério Público, Capitania dos Portos, Movimento Acorda Marajó, Associação
Comercial de Soure, Câmara Municipal de Soure, empresas operadoras. Dário
Pedrosa, do Movimento Acorda Marajó, participou da reunião, e ficou satisfeito
com a atenção dada pelo Governo do Estado por meio da Arcon para mudar o
cenário atual. Dário desabafa que a deficiência e a falta de qualidade do
transporte hidroviário no Marajó é um problema antigo, "mas estamos
confiantes com a atenção dada pela gestão atual. A partir do momento em que
recebemos atenção, participando de debates, nivelando as propostas e problemas
para dar uma definição, nós acreditamos que estamos próximos da conquista de
melhorias no transporte para o Marajó. Nós estamos vendo que o processo está
sendo conduzido de maneira eficiente", comenta Dário.
O promotor de Justiça, Marco Aurélio,
revela o diálogo mantido entre Governo do Estado e demais órgãos em busca de
oferecer um transporte de qualidade à população do Marajó. A união de esforços
entre Ministério Público, Arcon-Pa, Capitania dos Portos e outras entidades da
sociedade civil tem sido produtivas para a pauta em questão. "Nós temos um
grupo de trabalho no Ministério Público com promotores de Soure e Salvaterra
atuando na busca de soluções junto a Arcon-PA e Marinha para que se chegue a um
consenso com as empresas operadoras levando à população do Marajó um transporte
seguro e de qualidade ", afirma o promotor Marco Aurélio.
O promotor de Justiça de Soure,
Guilherme Coelho, conta que alguns ajustes no transporte hidroviário para o
Marajó serão anunciados em breve, mas serão necessários estudos técnicos que
serão apresentados em uma nova reunião programada para o dia 12 de setembro.
"Hoje alinhamos as próximas ações que serão adotadas no dia 12, com
previsão de divulgação de mudança de horários e substituição de equipamentos
antigos por outros mais adequados, mas existem fatores climáticos e
operacionais que serão analisados de forma técnica para que as mudanças sejam
aplicadas e divulgadas à sociedade", explica o promotor Guilherme.