Pages - Menu

Só Sucesso

Gospel

Órgão apura a diminuição do Bolsa Família nos municípios mais pobres do Amapá e do Pará




A DPU solicitou à Secretária Especial de Desenvolvimento Social, do Ministério da Cidadania, informações para apuração da diminuição drástica de novos beneficiários do Bolsa Família em todos os estados do Brasil. De acordo com os dados do CadÚnico (CECAD), uma a cada três das cidades mais pobres do país não obtiveram novos auxílios liberados nos meses de junho a outubro de 2019, afetando principalmente as cidades com os menores IDH do país, muitas que se encontram nos Estados do Amapá e Pará.

A Folha de São Paulo fez um levantamento nos 200 municípios com a menor renda per capita do Brasil, onde observou-se que houve uma diminuição na cobertura do benefício e o atendimento a novas famílias decresceu de maneira acelerada, em 64 municípios houve o bloqueio total do benefício. A fila de espera para o Bolsa Família, que não ocorria desde 2017, conta com aproximadamente 1 milhão de famílias, que aguardam uma resposta do Ministério da Cidadania. Diante da queda brusca no número de novas concessões não se encontrou nenhuma mudança nas normas procedimentais que pudessem explicar o ocorrido.

Nos estados do Amapá e do Pará, a DPU apurou que a diminuição drástica de novos benefícios do Bolsa Família tem prejudicado principalmente os municípios que possuem menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Por exemplo, de janeiro a outubro de 2019 não foram concedidos novos benefícios para famílias dos municípios de Itaubal/AP, Mazagão/AP, Chaves/PA, Anajás/PA e Afuá/PA, dentre outros.

Por esse motivo, o Defensor Regional de Direitos Humanos no Amapá e Pará, Wagner Vaz, em conjunto com outros defensores de Direitos Humanos da DPU em todo País, solicitou à Secretária Especial de Desenvolvimento Social que apresente informações sobre o número de famílias que aguardam o cadastramento e o recebimento do benefício do Bolsa Família em cada município, se existem novos critérios para o desligamento de famílias do Programa, e quais as medidas adotadas pelo Governo Federal para normalizar a concessão de novos benefícios.

Para o Defensor Wagner Vaz, “o Programa Bolsa Família é indispensável para a subsistência das famílias em situação de grave vulnerabilidade socioeconômica. Os seus benefícios mensais garantem que muitas pessoas tenham o mínimo necessário para alimentação, vestuário, moradia, dentre outros direitos básicos, além de contribuir para a permanência de crianças e adolescentes na escola, na medida em que a frequência escolar é condição para a continuidade do recebimento dos valores. ”