Muitas vezes confundido com
outras doenças, o câncer infantojuvenil tem como grande desafio o diagnóstico
precoce. Segundo o Ministério da Saúde, a doença apresenta sinais e sintomas
semelhantes a outras patologias, o que acarreta em uma investigação longa e,
consequentemente, o início de um tratamento tardio, o que muitas vezes pode
acarretar em um alto índice de mortalidade. Em 2016, mais de 12 mil casos de
câncer foram registrados em crianças e adolescentes de 0 a 19 anos.
O câncer, especialmente neste público,
apresenta um crescimento rápido, por isso é muito importante que o
encaminhamento para início de tratamento seja ágil. Para sensibilizar a
população e alertar os pais quanto aos sinais e sintomas da doença, a Pró-Saúde
Associação Beneficente de Assistência Social e Hospital, que gerencia o
Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, em Belém, vai promover uma ação
alusiva ao Dia Internacional do Câncer Infantil, lembrado no dia 15 de
fevereiro, com a promoção da campanha institucional “Câncer infantil: juntos,
podemos mudar essa história”.
No Pará, os Hospitais Oncológico
Infantil e Regional do Baixo Amazonas (HRBA), este último em Santarém, são
referências no tratamento do câncer. O primeiro atua com foco no público
infanto-juvenil, atendendo crianças e adolescentes de zero a 19 anos. O
objetivo da campanha é levar à população e também aos profissionais de saúde
ações de caráter educativo voltadas à conscientização sobre as questões
relacionadas ao câncer infantil. Em 2016, o Hospital Oncológico Infantil
registrou 256 novos casos de câncer junto a esse público específico.
Programação
Na quarta-feira (15), a partir
das 9h, as equipes médica e de humanização do Hospital Oncológico vão promover
uma Roda de Conversa sobre os cuidados com o paciente oncológico e ainda
esclarecer dúvidas dos familiares dos pacientes atendidos na unidade
hospitalar.
É o caso de Soraia Cristina da
Silva Caxias, moradora do município de Vigia de Nazaré, região nordeste do
estado, que há cinco meses recebeu a notícia de que o filho, de oito anos,
estava com câncer. Desde que soube do diagnóstico, Soraia, que tem outros três
filhos, teve que abandonar o emprego para dedicar-se ao tratamento do pequeno
M. S. C., diagnosticado com linfoma não-Hodgkin, e que há dois meses faz
tratamento no Hospital Oncológico Infantil. Desde então, ela se desloca todos
os dias do município de origem para acompanhar o filho no hospital.
Dados
Os tipos de cânceres
infantojuvenis mais comuns são as leucemias, seguidos dos linfomas (gânglios
linfáticos) e dos tumores do sistema nervoso central (conhecidos como
cerebrais). O número de óbitos por câncer nesta faixa etária é menor apenas do
que o de causas externas, como os acidentes e violência. No Brasil, o câncer
infantojuvenil responde por 3% de todos os tipos de câncer.
As regiões Sudeste e Nordeste
apresentam os maiores números de casos novos - 6.050 e 2.750, respectivamente
-, seguidas pelas regiões Sul (1.320 casos novos), Centro-Oeste (1.270 casos
novos) e Norte (1.210 casos novos).
Em 2016, o Hospital Oncológico
Infantil registrou 591.681 procedimentos, entre sessões de quimioterapia,
atendimentos clínicos, exames, internações e cirurgias, entre outros. Os
números reforçam a esperança de milhares de famílias que hoje podem buscar por
um tratamento sem precisar sair do Estado.
Serviço: Ação alusiva ao Dia
Internacional do Câncer Infantil
Data: 15/02/2017
Hora: 9h
Local: Hospital Oncológico
Infantil Octávio Lobo
Endereço: Tv. 14 de abril, nº
1394. Bairro São Brás