Defensoria Pública da União e ONU realizam atendimento jurídico a migrantes Warao em Belém



No dia 29, houve reuniões internas de trabalho.  Em 30 de outubro, foi realizada na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB N2) uma reunião com o Comitê Estadual Contra o Tráfico de Pessoas do Pará (COETRAP), a Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo (COETRAE), representantes de Secretarias do Estado e do Município, além de organizações da sociedade civil. O intuito foi colher informações sobre a situação dos indígenas Warao no Estado e contribuir com as discussões sobre a política migratória em construção no Estado.

No dia 31 de outubro, o grupo realizou visitas aos abrigos do Estado e do Município para atendimento aos imigrantes. De acordo com o defensor público federal João Chaves,  "a ideia principal é verificar a situação de acolhimento, alimentação e direitos básicos dos indígenas, assim como a existência de eventuais situações de tráfico de pessoas e trabalho escravo".

Dando continuidade às atividades, no dia 1 de novembro, serão realizadas, a partir das 9h, visitas ao mercado do Ver-o-peso e às residências onde os Warao estão vivendo de aluguel, nos bairros Umarizal e Castanheira. Pela tarde, imigrantes venezuelanos não indígenas serão atendidos na sede da DPU Belém.

Já no dia 2 de novembro, haverá uma audiência pública com os imigrantes no Belém Hall. Ao final da ação, será produzido um relatório com as principais situações encontradas pela equipe. "A gente vai ver quais as principais dificuldades nos fluxos, na emissão de documentos, quais as principais demandas para, a partir daí, poder atuar juridicamente em relação à questão, seja por meio de encaminhamentos, recomendações, ofícios, entre outras medidas possíveis", afirmou Mayara Soares, defensora regional de direitos humanos da DPU Belém.

SERVIÇO:
01 de novembro: 
- Manhã: visitas às residências dos Warao (para cobertura, entrar em contato com a Assessoria de Comunicação para fornecimento de endereço).
- Tarde: atendimento a venezuelanos não indígenas na DPU Belém (Boaventura da Silva, n. 180).
02 de novembro:
Audiência pública de 9h às 17h, no Belém Hall (Antônio Barreto, n. 176, Umarizal).

Para saber mais:
Os indígenas Warao em Belém
Desde que a grave crise política, econômica e humanitária se agravou na Venezuela, o Brasil vem recebendo um grande fluxo de migração dos indígenas venezuelanos da etnia Warao. Aproximadamente em julho de 2017, Belém tem sido um dos alvos deste fluxo: atualmente há cerca de 400 indígenas na cidade.