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Foto: Ag. Pará |
Ao longo dos
últimos anos, novas tecnologias, pesquisas, medicamentos e investimentos em
qualificação profissional, têm contribuído para o desenvolvimento do tratamento
do câncer entre crianças e adolescentes no Brasil. Mesmo com todos esses
avanços, a descoberta da doença na fase inicial, e o tratamento em um centro
especializado, ainda são alguns dos principais fatores que podem influenciar
nos resultados positivos de um tratamento.
Foi a partir
de um diagnóstico precoce de leucemia, que há seis meses, Hozanete de Melo saiu
do município de Santana, no Amapá, para acompanhar a filha em tratamento no
Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, em Belém (PA). Ao lado dela, a mãe
lembra a importância de ter iniciado rapidamente o tratamento. “Logo que os
primeiros sintomas apareceram, não sabíamos que poderia ser câncer. Fomos ao
hospital na minha cidade e depois de uns dez dias já estávamos aqui. Isso foi
importante para o tratamento dela”, conta.
A leucemia da
filha de Hozanete está entre os tipos de câncer mais comuns em crianças e
adolescentes no mundo, juntamente com linfomas e tumores do sistema nervoso
central. No Brasil, onde o câncer já representa a primeira causa de morte (8%
do total) por doença entre crianças e adolescentes, o Instituto Nacional do
Câncer (Inca) estima o surgimento de 12.500 novos casos na faixa etária de 0 a
19 anos.
Diante dos
números, a médica oncologista pediatra Sweny Marinho, do Hospital Oncológico
Infantil, reforça a importância das discussões sobre a doença, que nesta semana
são ampliadas com o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, celebrado no
dia 23/11. “Hoje, o Pará está na dianteira neste tipo de tratamento na região
Norte e o nosso desafio é fazer com que as crianças cheguem cada vez mais cedo
para o tratamento. Isso requer profissionais cada vez mais capacitados,
principalmente no interior, para identificar precocemente os sinais que podem
ser de um câncer”, explica a médica.
Ação de
Sensibilização
Nesta sexta-feira (23/11), o Hospital Oncológico Infantil recebe a edição 2018 do
“Policiais Contra o Câncer Infantil”, evento realizado pelas comissões
regionais de Direitos Humanos da Polícia Rodoviária Federal em diversos
Estados, com o objetivo de estimular ações de prevenção, assistência e
enfrentamento ao câncer infantojuvenil, por meio de atividades lúdicas e de
resgate da autoestima com a raspagem dos cabelos dos policias, fazendo com que
as crianças se sintam semelhantes à eles.
Sobre o
hospital
Inaugurado em
2015, o Hospital Oncológico Infantil é gerenciado pela Pró-Saúde Associação
Beneficente de Assistência Social e Hospitalar sob contrato de gestão com
Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). A Unidade atualmente é
referência no diagnóstico e tratamento especializado do câncer infantojuvenil
no Pará e para alguns estados vizinhos como o Amapá.
Desde janeiro
de 2018, o Hospital que é habilitado pelo Ministério da Saúde como Unidade de
Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) e certificado pela
Organização Nacional de Acreditação com o selo ONA 2 - Acreditado Pleno, já
realizou mais de 14 mil consultas, registrou 276 novos casos de câncer e fez
quase 25 mil sessões de quimioterapia. O índice de aprovação dos usuários é de
95%.
Agenda:
Horário: 8h
às 12h
Local:
Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, travessa 14 de Abril, nº 1.394,
bairro São Brás.
Sugestão de
entrevistados:
Josieli
Pinheiro, diretora assistencial no Hospital Oncológico Infantil
Viviane
Lesses, gerente de Qualidade no Oncológico Infantil
Agentes da
Polícia Rodoviária Federal
Pacientes em
tratamento no Oncológico Infantil.