Crianças do Oncológico Infantil reforçam a causa da doação

Foto Ascom-HOL

Um grupo de 29 crianças e adolescentes de cinco a 17 anos atendidos pelo Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, em Belém, entrarão em quadra na noite desta quinta-feira (1º), antes do amistoso da Seleção Brasileira de Vôlei feminino contra a equipe da República Dominicana. A partida será realizada na Arena Guilherme Paraense (Mangueirinho), às 21h30.

Os meninos e meninas que lutam contra o câncer foram convidados pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) para levantar a bola da doação de sangue voltada às crianças que passam por tratamento oncológico em todo o Pará. Antes da partida, eles entrarão de mãos dadas com as atletas que participarão do amistoso e pedirão ao público apoio às campanhas feitas junto à Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa).

Apoio a tratamentos

Se o ato solidário de doar sangue pode salvar vidas, ele se torna ainda mais crucial quando se trata de crianças e adolescentes que lutam contra o câncer. Todos os meses, centenas de meninos e meninas atendidos pelo Hospital Oncológico Infantil precisam de transfusão de sangue para seguirem com seus tratamentos.

Em média, o Hospital Oncológico Infantil faz 400 transfusões no mês. Por isso, o aumento do apoio de doadores de sangue junto ao Hemopa é mais que bem-vindo. Ao procurar o Hemopa, os doadores podem destinar suas doações às crianças e adolescentes do Oncológico Infantil. Basta informar o código do hospital: 1766.

Referência em Oncologia

Em funcionamento desde outubro de 2015, o Hospital Oncológico Infantil é a maior referência do Norte do País para o tratamento de crianças e adolescentes com câncer entre zero e 19 anos. Cerca de 650 meninos e meninas de todo o Pará e também de estados vizinhos são atendidos pela instituição, que é gerida pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, mediante contrato firmado com o governo do Estado e Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Em média, 75% do público atendido vem de fora de Belém.

Em menos de dois anos, o Hospital Oncológico Infantil quintuplicou o número de leitos para o tratamento do câncer voltado a esse segmento no estado, zerando a fila de espera.

O hospital registra mensalmente cerca de 550 consultas, além de 2.500 sessões de quimioterapia e cerca de 110 internações. Dos 89 leitos disponíveis no Oncológico, dez são destinados à UTI. Os pacientes em terapia no hospital também têm acesso a atendimento de pronto socorro, que no Oncológico Infantil fica aberto 24 horas.

Entre janeiro de 2016 e abril 2017, os números dos serviços realizados pelo hospital somaram 7.989 consultas ambulatoriais, 35.837 infusões quimioterápicas, 644 cirurgias, 188.410 serviços de diagnóstico e tratamento e 180.857 exames de análises clínicas, além de um volume total de 25.725 atendimentos.

Por essas atividades, em abril passado o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo foi habilitado pelo Ministério da Saúde (MS) como a mais nova Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) da região amazônica, com atuação dedicada à oncologia pediátrica.

Em maio, o Hospital Oncológico Infantil também alcançou a sua primeira grande certificação nacional pela qualidade de atendimentos e excelência na prestação de seus serviços em saúde. O estabelecimento foi reconhecido com o selo ONA 1, conferido pela ONA - Organização Nacional de Acreditação.

Entidade sem fins lucrativos, a ONA é referência nacional para o reconhecimento da qualidade de serviços prestados em estabelecimentos de saúde brasileiros, e realiza avaliações anuais em hospitais de todo o País. As auditorias são baseadas em padrões de qualidade estabelecidos pelas normas do Sistema Brasileiro de Acreditação.


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