Banco da Amazônia debate atuação para o desenvolvimento científico regional



Ao longo de seus 75 anos, o Banco da Amazônia vem contribuindo para o crescimento da região de forma sustentável. Seja por meio da concessão do crédito de fomento, onde se destaca pela aplicação dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), seja pelo apoio a inúmeros projetos voltados ao fortalecimento dos Estados da Amazônia Legal, a instituição tem mostrado sua importância para o Brasil e, em especial, para a Amazônia.

E é para mostrar que sua atuação vai muito além do crédito que o Banco da Amazônia promove na próxima sexta-feira (15) o II Diálogos Amazônicos, que debaterá as ações promovidas pela instituição para o desenvolvimento científico regional. O evento ocorrerá na sede da Instituição, no auditório Lamartine Nogueira, a partir das 9 horas, com a participação de representantes de instituições de ensino e pesquisa que ora são apoiadas com recursos financeiros pelo banco para desenvolverem projetos em diversas áreas do conhecimento.

O painel de abertura do evento terá como tema “A atuação do Banco da Amazônia no fomento à pesquisa na Região”, com Oduval Lobato Neto, gerente de Gestão de Programas Governamentais do banco, e a doutora Tatiana Sá, da EMBRAPA, órgão que já teve mais de 40 iniciativas apoiadas pelo Banco da Amazônia desde os anos 2000, entre projetos de pesquisa, publicações, seminários, workshops e simpósios.

Em seguida haverá a mesa redonda “Um panorama dos projetos apoiados pelo Banco da Amazônia por meio do Edital 2015”, com representantes de Instituições contempladas no Edital de Pesquisa 2015 do Banco da Amazônia. Participarão do evento pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi, EMBRAPA e UFPA, além de representantes de instituições de outros Estados da região, como a FUNTAC, do Acre, que gravaram depoimentos falando acerca de seus trabalhos e sobre a importância do Banco da Amazônia para o desenvolvimento de projetos científicos na região.


Entre os palestrantes estará o doutor Rafael Salomão, do Museu Goeldi. Responsável por um dos 18 projetos selecionados no Edital de Pesquisa 2015 do Banco da Amazônia, ele falará sobre o projeto “Desenvolvimento e Disponibilização de Livre Acesso de Software para Restauração de Áreas Degradadas de Reserva Legal (ARL) e de Preservação Permanente (APP) na Amazônia”, concluído em novembro deste ano, e realizado em parceria com a UFPA, EMBRAPA e a UFRA.

Com o software criado a partir do projeto, é possível selecionar as espécies arbóreas mais adequadas para a restauração de áreas degradadas na região. “Na COP-21, Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, o Brasil se comprometeu a restaurar 12,5 milhões de hectares, sendo 4 milhões somente no bioma Amazônia, compromisso este reafirmado na COP-23. Com nosso trabalho será possível selecionar as espécies madeireiras e não-madeireiras mais adequadas a esse processo de restauração. E a contribuição do Banco da Amazônia foi muito oportuna para a realização deste projeto e o desenvolvimento do software”, enfatiza Rafael Salomão.

R$ 28,6 milhões para a ciência na região
O apoio do Banco da Amazônia para o desenvolvimento da ciência na região se intensificou a partir do final da década de 90 quando a Instituição passou a financiar projetos por meio dos recursos vindos de 1,5% das liberações feitas pelo então Fundo de Investimento da Amazônia (FINAM). Em 2004, o banco começou a aportar recursos próprios na área, culminando com o lançamento, em 2015, do Edital de Seleção Pública de Pesquisa Científica e Tecnológica.

De 1999 até o primeiro semestre de 2017, o Banco da Amazônia financiou 388 projetos de pesquisa, com recursos na ordem de R$ 28,6 milhões. Até setembro de 2017 a instituição já liberou R$ 1,4 milhão para 17 projetos selecionados por meio do Edital de Pesquisa 2015. Em princípio, o Edital previa o aporte de R$ 1 milhão para os projetos, mas como a demanda foi grande por parte das instituições de ensino e pesquisa – ao todo 218 projetos se inscreveram no certame, destacando-se o Estado do Pará com 84 proposições – o banco duplicou os recursos, passando a apoiar os projetos com R$ 2 milhões.
“Sem ciência não há desenvolvimento. Se queremos uma Amazônia forte e competitiva, precisamos investir em projetos de pesquisa, daí a atuação marcante do banco nesta área”, enfatiza Oduval Lobato Neto, gerente de Gestão de Programas Governamentais.

Serviço:
II Diálogos Amazônicos: o Banco da Região muito além do crédito
Dia: 15 de dezembro de 2017
Hora: 9:00
Local: Banco da Amazônia – Av. Presidente Vargas, nº 800 – Campina – Belém/PA

            (Auditório Lamartine Nogueira)

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