Sistema prisional passa a digitalizar prontuários de presos no Pará



Por meio de convênio firmado entre a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) e a Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Pará (Prodepa), os prontuários dos mais de 17 mil custodiados do sistema penal começaram a ser digitalizados e microfilmados, gradualmente.

O processo garante a segurança dos documentos, o acesso rápido e fácil de qualquer lugar, desde que haja sinal de telefonia móvel e o ganho no espaço físico dentro da organização. Nos prontuários ficam registradas a entrada e a saída dos internos no sistema penal, assim como trâmites judiciários, médico, e outras informações referentes ao sistema de controle prisional.

O serviço de digitalização e microfilmagem começa ainda na sede da Susipe, onde uma equipe de servidores faz a triagem de todo o material. Em seguida, os arquivos físicos são enviados para a Prodepa, que é responsável pela preparação e formação de lotes que serão identificados em planilhas e pelo processo de microfilmagem e digitalização. Ao final, os arquivos agora digitais são colocados no sistema on line onde servidores cadastrados e autorizados têm livre acesso. 

Com a mudança de local da sede da Susipe, o recurso tornou-se ainda mais necessário. “Antes de mudarmos de prédio, nós tínhamos um local amplo e todas as salas eram muito grandes, podendo colocar quantos armários fossem necessários. Na nova sede, nós buscamos crescer em serviços, mesmo com a economia do espaço”, explicou a diretora de Patrimônio, Logística e Infraestrutura (DLPI), Márcia Gaspar.

O serviço garante ainda maior segurança, pois com a digitalização e a microfilmagem os documentos não correm mais riscos de extravio e/ou sofrer algum sinistro, decorrente de alagamentos e incêndio, por exemplo, entre outros. Além dos arquivos serem salvos on line, existe ainda o backup virtual do material de posse da Susipe.

O serviço inicia gradativamente e futuramente os prontuários serão apenas digitais, sem a utilização de papéis, gerando economia e contribuindo de forma sustentável para o meio ambiente. “Nós estamos iniciando uma nova cultura, que requer um tempo para ser adaptada. É uma evolução muito grande que reduzirá consideravelmente a quantidade de material impresso e desperdício de papel”, complementa Márcia.

A gerente de tratamento eletrônico de documentos da Prodepa, Léa Macedo, ressalta ainda a autenticidade dos materiais. “O documento que é digitalizado e microfilmado possui o mesmo valor legal do que o material impresso, que gera maior segurança no serviço oferecido”, finalizou.