A vacina que está sendo oferecida na
Campanha Nacional de Vacinação protege contra os vírus da gripe Influenza A
(H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B, e é fundamental para evitar o
agravamento da gripe na população mais vulnerável, como a evolução para a
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e até para o óbito, que podem ser
causados por qualquer um desses vírus.
Segundo a Divisão de Vigilância
Epidemiológica da Sespa, até a 17ª Semana Epidemiológica de 2018, foram
notificados 295 casos de SRAG, dos quais 15 evoluíram para óbito.
A gripe é uma infecção viral aguda que
atinge as vias respiratórias, tem comportamento sazonal, elevada
transmissibilidade, distribuição global e um indivíduo pode contraí-la várias
vezes ao longo da vida. A doença começa geralmente com febre alta, seguida de
dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse seca. Alguns casos
podem evoluir com complicações graves, como pneumonia, necessitando de
internação hospitalar.
De acordo com a chefe da Divisão de
Vigilância Epidemiológica, Fátima Chaves, a população deve ficar atenta porque
a doença pode se apresentar tanto como uma síndrome gripal (SG) como evoluir
para a Síndrome Respiratória Aguda Grave e até a morte, principalmente, em
pessoas que apresentam fatores ou condições de risco. “Daí a importância de os
grupos prioritários tomarem a vacina que está sendo oferecida na campanha de
vacinação deste ano que se estende até o dia 1º de junho. A vacina é segura e é
considerada uma das medidas mais eficazes para evitar casos graves e óbitos por
influenza”, enfatizou Fátima.
SRAG – Dos 295 casos notificados de
SRAG, foram coletadas amostras de secreção respiratória de 134 (45,4%), dos
quais 34 tiveram resultado positivo para vírus respiratório, sendo seis casos
de Influenza A H1N1 (17,6%), dez casos de Influenza A H3N2 (29,4%) , um caso de Influenza B (2,9%), dois
casos de Parainfluenza 2 (5,9%), um caso de Parainfluenza 3 (2,9%), 11 casos de
VRS (35,3%) e três casos de Metapneumovírus (8,8%)
Campanha - Até o dia 1º de junho, a meta
é vacinar 1,6 milhão de pessoas em todo o Pará, o que corresponde a 90% da
população prioritária, ou seja, crianças entre seis meses e menores de cinco
anos, idosos com mais de 60 anos de idade, mulheres grávidas em qualquer idade
gestacional e puérperas (mulheres que tiveram bebês há até 45 dias),
trabalhadores de saúde e professores das áreas pública e privada, indígenas
aldeados, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos que cumprem medidas
socioeducativas, detentos e funcionários do sistema penitenciário; além os
indivíduos com doenças crônicas comprovadas com laudo médico.
Além de tomar a vacina, a população deve
adotar algumas medidas preventivas contra a gripe tais como lavar e higienizar
as mãos antes de consumir alimentos e após tossir e espirrar, utilizar lenço
descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir,
evitar tocar nas mucosas dos olhos, nariz e boca; não compartilhar objetos de
uso pessoal como talheres, pratos, copos e garrafas, manter os ambientes bem
ventilados; e evitar ficar perto de pessoas com sinais e sintomas de gripe.
A coordenadora estadual de Imunização,
Jaíra Ataíde, solicita maior empenho das Secretarias Municipais no sentido de
sensibilizar e mobilizar a população, principalmente crianças, gestantes e
idosos, que são as mais suscetíveis a evoluir para complicações quando são
acometidas pelo vírus da gripe.
A situação da Campanha no Pará é
considerada preocupante, pois desde o início da Campanha, o Estado só conseguiu
cumprir 38% da meta de vacinação. Até esta segunda-feira (21) a situação é a
seguinte: Ananindeua (23%), Altamira (43%), Belém (30%), Marabá (65%), Redenção
(71%), Cametá (48%), Santarém (28%), Breves (16%), Capanema (51%), Paragominas
(71%), Santa Izabel do Pará (43%), Soure (75%), Barcarena (41%) e Castanhal
(43%).
Os dados são atualizados constantemente
pelas Secretarias Municipais de Saúde, que alimentam o vacinômetro do
Ministério da Saúde, acessível para a população aqui.