Técnicos da Secretaria de Estado de
Saúde Pública (Sespa) permanecem até o início de julho, com o trabalho de
investigação e prevenção à raiva humana no município de Melgaço, no Arquipélago
do Marajó. A equipe é composta por profissionais do Departamento Estadual de
Endemias e de Vigilância em Saúde da Sespa, além de profissionais da
Coordenação Estadual de Zoonoses do 8º Centro Regional de Saúde (CRS).
Até o momento foram vacinadas
aproximadamente 2.500 pessoas na localidade ao longo do rio Laguna, a 70 km da
sede de Melgaço. No total, 5.400 doses de vacinas foram encaminhadas e
entregues 700 mosquiteiros para a proteção dessa população.
Entre as ações realizadas estão à
investigação epidemiológica, visita técnica nas residências e o controle da
raiva animal, com a captura seletiva de morcegos. Também é feita a pesquisa do
vírus rábico em animais e a busca ativa de casos animais. Mais de 300 cães receberam
a vacina e cerca de 90 gatos também foram vacinados.
Sete casos de raiva humana foram
confirmados laboratorialmente pelo Instituto Evandro Chagas (IEC) e pelo
Instituto Pasteur (sediado em São Paulo), entre os 14 notificados com a doença
em Melgaço. Destas sete pessoas com diagnóstico confirmado, seis morreram e uma
permanece internada em estado grave - no Hospital Regional de Breves, no
Marajó. O paciente tem quadro semelhante aos demais, como febre, dispneia,
cefaleia, dor abdominal e sinais neurológicos - paralisia flácida ascendente,
convulsão, disfagia (dificuldade de deglutir), desorientação, hidrofobia e
hiperacusia (sensibilidade a sons, principalmente agudos). No total dos
notificados, 11 pessoas foram a óbito.