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Percussionista João Paulo Pires |
O percussionista João Paulo Pires lança
seu primeiro trabalho autoral " Fusão Sonora" com a proposta de
homenagear a percussão da Amazônia e de agregar com outros sotaques da
percussão do restante do Brasil. O
trabalho de criação vem sendo realizado há quatro anos e durante esse tempo o
percussionista teve o cuidado de pesquisar e visitar referências sonoras.
Nesta segunda-feira 19, o “Jotapê”, como é
conhecido no meio artístico, vai reunir com amigos e grandes nomes da percussão
como Marcelo Ramos, Thiago Amaral, Erick Santos, Alexandre Pinheiro, Orquestra
Pau e Cordista de Carimbó, Árvore Ar, Jardim Percussivo, Jade Guilhon,
Marcelino Santos e não podia faltar o sotaque baiano do Cara de Cobra,
percussionista que já transitou pelo Timbalada, Ivete Sangalo e outros grupos
da Bahia.
Portanto, esse primeiro trabalho autoral
é uma forma de agregar conhecimentos, homenagear a percussão não só da
Amazônia, mas estabelecer troca e intercâmbio. Diante disso, ele se preocupou
não apenas de fazer o lançamento do CD, mas também de proporcionar aos músicos
e às pessoas interessadas por percussão o workshop do percussionista baiano
“Cara de cobra”, que vai ministrar no
dia 20 de setembro, no Sesc, casa da música, às 20h. O investimento é de R$,
50,00.
Um pouco sobre “Jotapê”
João Paulo começou a trajetória na
música aos 12 anos de idade na escola samba “Quem são eles”, onde teve o
primeiro contato. Lá, ele fez parte da bateria que era liderada pelo sambista
Pedro Paulo. Em seguida, ele começou a integrar o grupo musical na escola. Na
sequência, recebeu o convite para integrar o grupo “Batuque”, um projeto criado
no ano 2000, onde ficou três anos.
Nesse período iniciou os estudos no
conservatório Carlos Gomes. Já integrou várias bandas. Em 2007, passou a ter
contato direto com o grupo “Trio Manari”, na qual se considera cria dos
percussionistas Marcio Jardim, Nazaco Gomes e Paturi. A partir disso, começou a
fazer parte da banda de grandes músicos paraenses como Lucinha Bastos, Marco
Monteiro, Nilson Chaves. Já tocou com a Fafá de Belém e entre outros projetos
importantes da música.
A partir disso ele iniciou o processo de
pesquisa e estudar sobre o processo da percussão da Amazônia. Ele chegou a
fazer viagens para o interior do estado, como ilha de Cafezal, Macapá e entre
outras localidades para ter contato com a diversidade de sotaques da percussão
da Amazônia. Nesse processo todo passou a ter mais experiência com a parte
histórica e didática da música.
Cara de Cobra
Aos 16 anos entrou na Timbalada e ao
lado de Carlinhos Brown adquiriu conhecimento no universo percussivo. Durante
15 anos o percussionista integrou vários trabalhos no universo percussivo, em
Salvador. De 2004 a 2013 integrou a banda de Ivete Sangalo, onde ao lado de
outros percussionistas construiu levadas rítmicas de percussão e arranjos
modernos inspirados nas batidas das músicas eletrônicas juntamente com os
ritmos afro-brasileiros, onde criaram uma marca.
Ultimamente o percussionista fez
trabalhos de gravações para artistas sertanejos como Luan Santana, Jorge e
Matheus, além de cantores do segmento gospel. Cara de Cobra também faz parte de
um projeto que implementa percussão de rua em Salvador que se chama Groovada.
Juntamente com outros artistas eles enxergam o projeto como forma de resgatar o
movimento da percussão de rua e dar continuidade aos que os mestres neguinho do
samba, Jackson, Prego e tantos outros construíram na formação de grandes
percussionistas.