A psoríase é uma doença relativamente
comum no Brasil. De acordo com uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira
de Dermatologia (2015/2016), a prevalência no Brasil varia entre 1,10 e 1,50%,
com grande variabilidade entre as regiões: 0,92% (Norte) e 1,88% (Sudeste).
Além disso, é uma doença inflamatória crônica, imunomediada e não contagiosa,
que pode afetar o corpo todo, principalmente os joelhos, cotovelos, mãos, pés e
o couro cabeludo. Pensando nisso, com a pergunta “Vamos falar de psoríase?”, a
SBD promove uma campanha de divulgação sobre a doença e a evolução das
terapias. Saiba mais em: https://youtu.be/d_6JZfjEFOg.
A mensagem principal da campanha é
ressaltar, que apesar da psoríase ainda não ter cura, tem controle e tratamento
para a melhora da qualidade de vida dos pacientes. O protocolo clínico da
doença evoluiu muito nos últimos anos e vai além dos medicamentos tópicos, como
cremes, loções e shampoos. Dependendo do grau, que pode ser leve, moderada ou
grave, existem outras formas de cuidar do paciente. A fototerapia, os
medicamentos sistêmicos tradicionais e os injetáveis (biológicos) são indicados
nos tipos de psoríase moderada a grave.
Para realizar o diagnóstico e a escolha
do tratamento adequado para cada caso é necessário procurar um médico
dermatologista da SBD nas unidades de saúde do SUS ou no site da Sociedade
Brasileira de Dermatologia (http://www.sbd.org.br/associados/). “Ao agendar uma
consulta pela primeira vez, pergunte se a clínica ou consultório tem médicos
especialistas com foco em tratamentos de doenças crônicas, como a psoríase. A
dermatologia é uma especialidade abrangente e o profissional pode se
especializar ou se dedicar a diversas áreas da profissão”, pondera Caio Castro,
Coordenador Nacional da Campanha de Psoríase da Sociedade Brasileira de
Dermatologia.
Em geral, a psoríase causa lesões
arredondadas, vermelhas e descamativas que muitas vezes geram preconceito e
diminuem a qualidade de vida dos pacientes acometidos. No entanto, a SBD alerta
que a psoríase tem controle e não deve ser motivo de preconceito e nem
impedimento de praticar atividades. “O esclarecimento das dúvidas da população
é uma forma de minimizar o preconceito e de valorizar a autoestima dos
pacientes”, salienta Claudia Maia, médica dermatologista da Sociedade
Brasileira de Dermatologia.
É válido lembrar que ainda não se sabe a
causa da doença, no entanto, existem gatilhos que fazem a doença entrar em
atividade, como estresse, traumas físicos, fumo, infecções e uso de algumas
medicações.
Medicamentos imunobiológicos para
psoríase serão disponibilizados no SUS
Após cerca de dez anos de ações junto ao
Ministério da Saúde pela melhoria no tratamento da psoríase, a Sociedade
Brasileira de Dermatologia (SBD) obteve importante vitória recentemente, dia 11
de outubro de 2018, com a recomendação de quatro medicamentos imunobiológicos
para o tratamento da doença.
A Conitec (Comissão Nacional de
Incorporação de Tecnologias) avaliou o resultado da Consulta Pública n. 26,
realizada em junho, e recomendou inicialmente a incorporação ao SUS dos
medicamentos adalimumabe, secuquinumabe, ustequinumabe e etanercepte para o
tratamento da psoríase moderada a grave em pacientes que apresentam falha
terapêutica ou contraindicação ao uso das terapias tradicionais.
“Isso significa uma grande vitória da
SBD e do Ministério da Saúde para os pacientes acometidos pela psoríase”,
afirma a Dra. Claudia Maia, médica dermatologista da SBD. Saiba mais
informações sobre os imunobiológicos aprovados pelo SUS em:
http://conitec.gov.br/images/Reuniao_Conitec/2018/Ata_70Reuniao.pdf.
A Campanha Nacional de Conscientização
da Psoríase da SBD tem apoio dos laboratórios farmacêuticos Abbvie, Lilly e
Novartis. Para mais informações sobre a campanha acesse:
www.psoriasetemtratamento.com.br.