O Programa de
Residência Multiprofissional em Trauma do Hospital Metropolitano de Urgência e
Emergência (HMUE) , localizado em Ananindeua (PA), gerido pelo Pró-Saúde
Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, recebeu menção
honrosa pelo trabalho intitulado “Atuação do Fisioterapeuta na Parada
Cardiorrespiratória: Uma Revisão de Literatura”, apresentado este mês de
novembro, no 1º Congresso Paraense de Urgência e Emergência, em Belém (PA).
A pesquisa
desenvolvida pela residente fisioterapeuta do HMUE, Letícia Pereira, exposta em
banner no evento, foi premiada em 3º lugar. O trabalho aborda como o
profissional de fisioterapia pode colaborar para um atendimento de emergência
mais rápido e eficiente, contribuindo o que contribui para a redução dos
agravos no desfecho clínico do paciente e a promoção de maior resolubilidade do
quadro.
“Ter este
reconhecimento em um evento de Urgência e Emergência mostra que o objetivo foi
alcançado, de apresentar a toda comunidade assistencial que o fisioterapeuta é
importante e pode estar apto para atuar de forma eficaz neste processo”,
ressalta Letícia.
Literatura -
A residente explica que a ideia de desenvolver a pesquisa partiu de sua própria
vivência, com a atuação atuando nas salas amarela e vermelha do Pronto
Atendimento do HMUE, onde os pacientes chegam muito graves e toda a equipe
multiprofissional é envolvida para atendê-lo. “Isto me motivou a fazer um
levantamento bibliográfico na literatura científica e pude constatar que ainda
existem poucos estudos envolvendo o fisioterapeuta neste campo de atuação”,
conta.
Durante o
levantamento, a residente verificou que a inserção do fisioterapeuta na Parada
Cardiorrespiratória é recente e que os próprios fisioterapeutas desconhecem as
condutas adequadas em relação a frequência respiratória e a relação entre
compressões torácicas e ventilação.
“O sucesso da
reanimação do paciente depende de uma sequência de procedimentos que não podem
ser considerados isoladamente, por isso, é importante a realização de
treinamento da equipe multiprofissional e a comunicação entre a equipe para a
organização, distribuição de funções e a resolubilidade da ocorrência.”,
complementa.
A Parada
Cardiorrespiratória, por ser uma ocorrência inesperada, exige um atendimento de
forma rápida e organizada, na qual o fisioterapeuta deve auxiliar, seja com
sugestivas condutas, como cuidar da via aérea do paciente para mantê-la aberta,
realizar as massagens cardíacas alinhadas com a ventilação manual para bombear
o coração corretamente, fazer a aspiração orotraqueal para auxiliar o médico
entre outras, com o intuito de evitar a necessidade de suporte ventilatório
invasivo ou minimizar o tempo do paciente em ventilação mecânica,.
“Como
benefício da inserção deste profissional no cenário do atendimento de urgência,
obtêm-se menores complicações, infecções, doenças ocasionadas pelos
dispositivos invasivos, menor tempo de internação e um menor custo para os
hospitais, sendo importante para o cenário da saúde pública”, observa a
residente.
Para o
Coordenador de Ensino e Pesquisa do HMUE, Leonardo Ramos, pesquisas como esta,
alcançando o objetivo de publicações e congressos reforça o trabalho do
departamento está no caminho certo. “Além de fazer ensino em serviço, que é o
que a residência faz, transmitir esse conhecimento a partir de experiências e
pesquisas realizadas dentro do Hospital também está entre as nossas missões”,
considera o coordenador.