O Sindicato dos Jornalistas no Estado do
Pará (Sinjor-PA) repudiou, em nota, a ação de policiais militares, que
ameaçaram de armas em punho o repórter da Roma News, que cobria a movimentação
na área externa do Estádio da Curuzu, antes do início da partida, em Belém.
“A ação truculenta e criminosa dos
citados PMs, na intenção de impedir o trabalho do repórter no momento da ação
dos militares, fere o direito do jornalista em exercer o seu trabalho, e mais
grave, atenta contra a segurança do cidadão, que teve armas apontadas contra
ele, colocando em risco sua integridade física”, diz a nota.
O Sinjor, como representante da
categoria, já manteve contato com a Polícia Militar para solicitar informações
e providências no sentido de identificar e responsabilizar os integrantes da
cooperação autores da ação, “ao mesmo tempo em que ratifica o direito,
inalienável, do exercício da prática jornalística, e que é um dos pilares da
sociedade democrática”.
Caso: No início do confronto entre
Paysandu e Atlético Goianiense neste sábado, 25, no estádio da Curuzu, o
repórter do Portal Roma News foi ameaçado por policiais militares durante uma
pequena confusão entre torcedores bicolores. O fato ocorreu na avenida
Almirante Barroso com a travessa do Chaco.
Segundo o Portal Roma News, “após um
tumulto, vários torcedores começaram a correr enquanto os policiais faziam
buscas por suspeitos. Ao tentar registrar o ocorrido, os mesmos PMs ameaçaram
de tiro o profissional caso a gravação não fosse suspensa”.
“O que tu tá fazendo ai c... Não filma
nada ai, não filma nada, não filma nada, vai timbora”. Disse um dos policiais
mesmo após a identificação de imprensa”.
Após o repórter desligar a câmera, os
militares ainda apontaram a arma – com bala de borracha – e com gritos mandaram
o jornalista sair do local.