O uso de
acessórios ou adereços no ambiente hospitalar pode comprometer a saúde do
paciente, caso estejam contaminados com bactérias ou vírus. Também pode ser
prejudicial a quem está utilizando ou a outras pessoas que entrem em contato
com objetos pessoais contaminados.
Para
sensibilizar os funcionários das áreas assistenciais e administrativas, o
Hospital Jean Bitar (HJB), em Belém, lançou a campanha “Adorno Zero: Adorno
Legal é Fora do Hospital”, visando alertar sobre os riscos do uso de acessórios
pessoais no ambiente hospitalar, já que prevenir infecção é uma das grandes
metas da instituição.
Em
atendimento à orientação da Norma Regulamentadora 32/2005, do Ministério do
Trabalho - que entre outras prerrogativas trata sobre a não utilização de
adorno nas unidades hospitalares como estratégia para evitar infecção -, a
direção do Hospital Jean Bitar fortalece a cultura de segurança do paciente e
funcionários com campanhas regulares. A primeira, promovida recentemente pelo
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
(SESMT), em parceria com o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e
Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente (NQSP), teve a adesão esperada.
Barreira de
proteção - Para o enfermeiro Jean Ferreira, da Clínica Cirúrgica, não usar
adornos é uma importante barreira de proteção, principalmente para quem está na
assistência e tem a responsabilidade de zelar pela segurança do paciente. “A
barreira de proteção não se limita apenas a quem está na assistência direta. É
importante lembrar que o ambiente hospitalar é insalubre por natureza, e a
suscetibilidade para contaminação pode acontecer nesse ambiente, ter
consequências graves para o paciente e se estender ao ambiente doméstico.
Portanto, é essencial a adesão de todos, independentemente de setor”, orientou
o enfermeiro.
Segundo
Cláudia Reis, técnica em Segurança do Trabalho do SESMT e uma das idealizadoras
da ação, as campanhas são uma estratégia de conscientização. “Trabalhamos com
saúde, e o nosso compromisso é com a manutenção dela, seja com relação aos
nossos pacientes ou conosco, equipes da assistência ou administrativas. Temos
que conscientizar e sensibilizar todo o hospital, pois zero perigo de infecção
e zero risco de contaminação também dependem de zero adorno”, ressaltou.
De acordo com
o diretor do HJB, Giovani Merenda, “as campanhas serão frequentes e terão a
função de sensibilizar quanto à prevenção do risco à saúde tanto do paciente
quanto dos profissionais, dada a facilidade com a qual os microrganismos se
transportam por meio desses adornos. Por isso, precisamos da adesão de todos.”
Definição -
São considerados adornos e devem ser evitados ao entrar em unidades
hospitalares: alianças, anéis, pulseiras, relógio de uso pessoal, colares,
brincos, broches, piercing exposto, crachás pendurados com cordão e gravatas.
O Hospital
Jean Bitar oferece assistência de média e alta complexidade aos usuários do
Sistema Único de Saúde (SUS). Com 70 leitos, o hospital é referência estadual
para procedimentos de endoscopia digestiva alta e colonoscopia, cirurgia
gastrointestinal e algumas especialidades clínicas, como endocrinologia,
reumatologia, geriatria e pneumologia.
Para
atendimento no hospital é necessário o encaminhamento de uma Unidade Básica de
Saúde (UBS), após ser marcado pela Central de Regulação do Estado.
Serviço: O
Hospital Jean Bitar fica na Rua Cônego Jerônimo Pimentel, Bairro Umarizal, em
Belém. Mais informações: (91) 3239-3800.