O secretário geral do Sindicato dos Químicos de Barcarena, Manoel Paiva, denuncia as demissões ocorridas em massa na Hydro Alunorte e segundo ele, na grande maioria mulheres. "Foram mais de 60 demissões em decorrência do embargo de 50% da Hydro. Que fará novas demissões caso continue o embargo", conta.
Segundo Manoel Paiva, o Sindicato repudia tal decisão por entender "que a corda está rebentado do lado errado. Os trabalhadores e trabalhadoras não são os culpados do desastre ocorrido em fevereiro de 2018. O Sindicato vai entrar com ação pedindo a reintegração de todos, pois, tem liminar que garante a manutenção dos empregos com audiência marcada para 18 de janeiro de 2019", ressaltou.
Segue nota do Sindicato dos Trabalhadores e trabalhadoras nas indústrias químicas do município de Barcarena-PA
"O Sindicato dos Químicos de Barcarena, representante dos trabalhadores e trabalhadoras da Hydro Alunorte, vem a público, repudiar a decisão tomada pela empresa Norueguesa Hydro Alunorte com sede no município de Barcarena – Pará, pertencente ao Grupo Norsk Hydro, por não respeitar a liminar deferida pela primeira Vara do Trabalho de Abaetetuba que garante emprego a todos os trabalhadores e trabalhadoras da Hydro Alunorte com audiência de sentença marcada para o dia 18 de janeiro de 2019.
Segundo o Presidente do Sindicato dos Químicos de Barcarena, Sr. Gilvandro Ferreira Santa Brígida a direção da empresa já vinha tentando demitir esses trabalhadores desde março de 2018, logo após o embargo, porém, o sindicato garantiu na justiça a manutenção dos postos de trabalho até a retirado do embargo de 50% das operações. Na última reunião com a empresa ocorrida no dia 11 de dezembro, a mesma informou para a direção sindicato que tinha suspendido as demissões que havia anunciado anteriormente.
O Sindicato entende o momento e tem feito de tudo para que o embargo seja retirado, exatamente para que os trabalhadores e trabalhadoras não sejam os maiores prejudicados nesse episódio que poderia sim, ter sido evitado, se a empresa tivesse cumprido com questões básicas de investimento em segurança de suas áreas de contenções e tratamentos de efluentes.
Não vamos admitir primeiro que a empresa sem nenhuma justificativa convincente para as demissões, use como retaliações a morosidade da retirada do embargo, algo que está diretamente ligado a questões de diretorias e gerencias da empresa. Segundo, confiamos na justiça do trabalho através da primeira Vara do Trabalho de Abaetetuba, que já tem data marcada para a próxima audiência sobre o caso. Somente após a audiência do dia 18 de janeiro de 2019 e dependendo do seu resultado entendemos que a Hydro Alunorte poderia tomar tal decisão.
Cabe a este sindicato o dever de
recorrer dessa decisão unilateral da empresa em forçar as demissões de quase 60
trabalhadores e trabalhadoras de forma desnecessária pois ainda tem área dentro
da refinaria que estão precisando de trabalhadores e trabalhadoras, que
poderiam ser transferidos para completar as turmas incompletas. Segundo Manoel
Paiva Secretário Geral do Sindicato dos Químicos de Barcarena, a empresa não
discutiu com o sindicato nem apresentou ao sindicato nenhuma movimentação feita
nas últimas semanas.
Não existe justificativa convincentes para demissões de tantos pais e mães que dependem desse emprego para sustento de suas famílias. O que falta é boa vontade por parte da direção da Hydro Alunorte em transferir esses trabalhadores e trabalhadoras para outras áreas.
Mas quem sabe a empresa está cumprindo
um dos itens dos TAC’S E TC’S da desgraça. Foi somente o que sobrou aos
trabalhadores e trabalhadoras do DRS como se eles fossem os culpados da
tragédia de fevereiro de 2018".
SINDICATO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS NAS INDÚSTRIAS QUÍMICAS DO MUNICÍPIO DE BARCARENA – PARÁ.
A DIRETORIA.