Na terça-feira (29), no Comando Geral da
Polícia Militar do Pará, localizado na Avenida Augusto Montenegro, o comandante
geral, coronel José Dilson Melo de Souza Júnior, reuniu com as representantes
da Associação de Esposas e Familiares de Praças do Pará. Na ocasião, foram
discutidos temas de interesse da tropa, como o programa "PM Vítima",
aplicativo de apoio policial, plano de moradia, o pagamento de jornadas
extraordinárias e outros.
Além do coronel Dilson Júnior, estiveram
presentes os comandantes do Centro de Inteligência (CInt), coronel Carlos
Dantas; do Centro Integrado de Psicologia e Assistência Social (Cipas),
tenente-coronel Edimar Costa; Centro de Informática e Telecomunicações (Citel),
tenente-coronel Ariel Barros, e do Fundo de Assistência Social da PM (FASPM), o
coronel Alisson Monteiro.
Durante a reunião, estiveram presentes
também Pâmela Rodrigues, vice-presidente da Associação, e as conselheiras
fiscais Gisele Silva, Marivalda Feitosa e Anacléia Sousa. As representantes
apresentaram questionamentos referentes ao dia a dia do policial militar, que
foram esclarecidos pela equipe de oficiais.
PM Vítima
Um dos questionamentos das esposas dos
policiais foi sobre a segurança de suas famílias. O CInt e o Cipas apresentaram
o programa "PM Vítima", uma iniciativa do Comando Geral da
instituição, que visa proteger o policial que se encontra em situação de extrema
insegurança, por vezes sendo até mesmo ameaçado por criminosos próximo de suas
residências.
Uma das medidas do programa é o
"Aluguel Social", um complemento para que o militar possa alugar uma
casa em outra localidade. Este benefício já auxiliou 100 militares a saírem de
locais de extrema vulnerabilidade. Outros esperam para começar a receber o
benefício.
Outra medida adotada pelo "PM
Vítima" é a transferência de unidades onde os militares possam estar sendo
coagidos por criminosos. Entre os anos de 2017 a 2019, foram realizadas 24
permutas de policiais.
Ainda por conta do programa, existe o
"Rede de Proteção", medida que consiste na realização de rondas,
feitas pelos militares de serviço, às casas dos policiais que morem na área de
abrangência do policiamento. Cerca de 500 PMs participam desta rede.
Além destas ações, há também a
preocupação com a autoproteção do militar. Para tanto, o comandante geral
explicou que vídeos, com instruções de como o policial deve agir para preservar
sua segurança, estão sendo produzidos e publicados nas redes sociais da
corporação.
SOS PM
Como uma forma de agilizar o apoio ao
policial em situações de risco iminente, o cabo Everton da Silva, do Citel,
criou o aplicativo denominado SOSPM, um recurso tecnológico que visa a
prevenção e o resguardo da integridade física dos militares. Ele demonstrou
como o programa funciona e explicou que, para o apoio policial, a ferramenta se
mostrou a mais eficaz e rápida, com um tempo médio de resposta de dois minutos.
O aplicativo pode ser baixado pela Play
Store (para celulares com o sistema operacional Android), por meio do link:
https://play.google.com/store/apps/details?id=io.ionic.sospm&hl=en_US
Habitação
Outra questão levantada foi sobre a
moradia de policiais e suas famílias. O coronel Alisson, chefe do FASPM,
explicou sobre o plano habitacional que a PM está desenvolvendo, em parceria
com instituições como a Caixa Econômica Federal, o Banco do Estado do Pará
(Banpará), o Governo do Estado do Pará, entre outras.
Foi informado que esta parceria visa a
possibilidade de uma abertura de um crédito especial, pela Caixa Econômica,
para financiamento de residências para os policias. Além dos quatro terrenos
que a Polícia já possui para a construção de condomínios habitacionais.
Jornadas Extraordinárias
O coronel Dilson Júnior ainda foi
questionado sobre o pagamento das jornadas extraordinárias. Ele informou que
conseguiu, junto ao Governo do Estado, um aumento de 60 mil jornadas previstas
para este ano, ou seja, de 209 mil inicialmente, a Polícia Militar conta com
269 mil cotas extraordinárias para pagar o militar que quiser trabalhar de
forma extraordinária, fora de sua escala ordinária.