O município de São Domingos do Capim, no
nordeste do Pará, sedia, nos próximos dias, a 19ª edição do tradicional
Festival da Pororoca. A expectativa é que circulem de 15 a 20 mil pessoas na
cidade diariamente durante o evento, considerado um dos principais do Estado na
área esportiva e cultural, responsável por movimentar a região e incentivar o
turismo ecológico paraense. A programação inicia na sexta-feira (20), e segue
até o dia 24 de março.
Com o apoio do Governo do Estado, as
primeiras atividades do evento serão o torneio de futebol de areia masculino e
feminino e o campeonato municipal de surf. Entre sexta e domingo, os principais
dias do festival, a cidade recebe as demais competições de surf, torneio de
vôlei, torneio de canoagem, concurso Garota Pororoca e oito shows no palco
principal da programação.
Para que tudo ocorra de forma
satisfatória e segura, é preciso mobilização e esforço da coordenação, com
estrutura e logística preparadas para receber os moradores, visitantes, atletas
e artistas, como explica o organizador do evento, Junior Sodré. “Nosso trabalho
começa bem antes do Festival, com reuniões para organização e busca por
parceiros. Pensamos em toda a logística para oferecer a melhor estrutura, desde
a montagem do palco para os shows, até a ida de surfistas para treinos em
outras praias, além de buscar melhorias aos moradores da localidade”, frisou.
Surf – Mais antigo que o próprio
festival, o surf na Pororoca, que vai para sua 21ª edição, é o momento mais
esperado do final de semana. Além da competição municipal, será realizado o
campeonato noturno, a tentativa de quebra de recorde de maior número de
surfistas na onda e o primeiro Campeonato Nacional de Surfistas Ribeirinhos da
Pororoca, com a participação de competidores do Pará, Amapá e Maranhão, estados
por onde passa o fenômeno natural.
Para o presidente da Associação
Brasileira de Surf na Pororoca (Abraspo), Noélio Sobrinho, ver o sucesso do
evento é uma satisfação para quem dedica uma parte da vida ao desenvolvimento
do esporte. “A Abraspo tem um trabalho de 20 anos nessa jornada. Ao longo desse
período, doamos várias pranchas nesses localidades por onde passa a pororoca,
os ribeirinhos aprenderam a surfar e hoje temos uma competição só com eles. A
maioria deles nunca, se quer, viu o mar. Por isso, quero agradecer a parceria
do Governo do Estado, por apoiar e incentivar esse evento grandioso, que hoje é
um patrimônio cultural do paraense”, enfatizou.
Fenômeno – A Pororoca é um fenômeno
natural do encontro das águas do mar com o rio, que formam grandes e fortes
ondas. São Domingos do Capim é considerada a capital nacional da onda,
mundialmente conhecida e, por isso, atrai cada vez mais turistas curiosos em
conhecer as forças da natureza na Amazônia.