Alcoa aposta na prevenção para combater a violência contra mulher

Representantes das instituições parceiras trataram de temas ligados ao combate da violência contra a mulher - Foto: Alcoa


Por meio de criação de estratégias e ações efetivas de prevenção e conscientização, como forma de combate ao ciclo da violência, a Alcoa buscou provocar a reflexão e modificar o indicador negativo referente à temática de agressão contra as mulheres, identificado no Índice de Progresso Social de Juruti. Através da Rede AWN (sigla em inglês para Rede de Mulheres da Alcoa) e parceiros como a Prefeitura Municipal de Juruti, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM), os Institutos Puxirum da Amazônia (Ipuam) e Juruti Sustentável (Ijus), a empresa busca conscientizar sobre os altos índices de violência contra a mulher, considerando aspectos culturais e sociais.

No final de março, ainda em comemoração ao Mês da Mulher, a Alcoa e parceiros realizaram, na Escola Municipal Zelinda Guimarães, o Seminário de Combate à Violência contra a Mulher. Os palestrantes destacaram a Lei Maria da Penha como temática principal e reforçaram a importância de políticas públicas no combate à violência.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, 47,81% da população de Juruti era formada por mulheres. Apesar dos avanços e direitos conquistados, ainda existem muitas mulheres que estão em condição de vulnerabilidade, sendo oprimidas, violentadas e tendo seu convívio social impactado.

“Queremos despertar Juruti para modificar esse indicador negativo. Através de uma iniciativa conjunta, vamos disseminar a Lei Maria da Penha, mostrar para as mulheres como elas podem utilizá-la e informar como podem sair de uma situação desfavorável para uma nova realidade”, esclareceu Rogério Ribas, gerente de RH e Relações Institucionais da Alcoa.

 Durante o encontro, foi lançado o projeto “Mulheres de Fibra”, executado pelo Ipuam, com aporte financeiro do Ijus. O projeto tem como proposta, promover o conhecimento e a conscientização das mulheres do município de Juruti, e contribuir com o avanço da autonomia e empoderamento delas, numa forma de avanço no combate ao ciclo de violência contra a mulher.

Por meio da capacitação de uma rede ampla de facilitadoras, e a sensibilização da maior parcela possível da população feminina local, o projeto irá desenvolver palestras, oficinais, ferramentas de comunicação e sensibilização massiva que possibilitará a transformação das famílias, contribuindo com a igualdade de direitos e o genuíno respeito.

“O projeto será desenvolvido em quatro etapas, promovendo ação efetiva de prevenção. Para nós o seminário foi de suma importância, porque não temos Delegacia da Mulher e nenhum órgão que atue diretamente no atendimento das vítimas. Ainda que não haja programas específicos para auxiliar as mulheres, vamos pensar juntos numa forma de trabalhar isso no nosso município”, frisou Ester Pires, coordenadora de Projetos do Ipuam.

Para Dinanci Albuquerque, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM), iniciativas como o seminário e o Projeto Mulheres de Fibra são muito importantes. “Sozinhos não conseguimos fazer uma mobilização dessa abrangência, mas trabalhando em conjunto conseguiremos alcançar nossos objetivos. Essa união entre entidades, empresa e organizações é super válida. Esperamos que as mulheres possam ter cada vez mais conhecimento dos seus direitos. Sem conhecimento, ninguém sabe como agir. Beneficiando uma, beneficiaremos todas”, destacou.

 A união de forças e das ideias para combater a violência contra a mulher também é defendida pelo secretário municipal de Governo de Juruti, José Maria Melo. “Infelizmente, as estatísticas mostram que ainda temos um índice alto de violência contra a mulher em Juruti. Mas nós não podemos aceitar. Então é importante nos unirmos com os vários segmentos da sociedade, juntar nossas forças para que possamos desenvolver uma cultura de orientação, educação e combate à violência e com isso eliminar esse índice negativo para o nosso município”, ressalta.

 Através da Rede AWN, a empresa irá acompanhar a execução do Projeto Mulheres de Fibra, sobretudo na etapa em que envolverá o treinamento a lideranças comunitárias, workshop e treinamento nos polos rurais de Juruti Velho, Tabatinga e Castanhal. 

Related Posts: