Pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos
revela que 61% dos entrevistados na região Norte nunca foram ao cardiologista3
ou não vão há 10 anos
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A insuficiência cardíaca afeta cerca de 3 milhões de brasileiros
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Comemorado em 06 de maio, o Dia da Insuficiência Cardíaca busca
conscientizar a população sobre essa doença que mata mais do que alguns tipos
de câncer
Pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos
mostra que apesar da grande maioria (86%) dos entrevistados da região Norte
afirmar conhecer Insuficiência Cardíaca, apenas 21% soube descrever a doença
corretamente1 como sendo a falta de capacidade do coração em bombear sangue de
maneira adequada e suficiente para o corpo.
O levantamento mostrou que, apesar de
ser a segunda principal doença cardíaca no país3 e afetar 2,8 milhões de
brasileiros4, a gravidade da Insuficiência ainda é muito desconhecida pela
população. A doença não tem cura, mas há tratamentos capazes de melhorar o
prognóstico ou diminuir a velocidade de progressão, além de elevar a qualidade
de vida do paciente.
“A pesquisa mostrou que grande parte dos
pesquisados não compreende a real gravidade da Insuficiência Cardíaca, que mata
mais pessoas do que alguns tipos de câncer - cerca de 50% dos pacientes não
sobrevivem após cinco anos do diagnóstico2”.
Segundo dados da Pesquisa Ipsos, 31% da
população do Norte pensa que o câncer de mama (21%) ou de próstata (10%) são
mais letais que a insuficiência cardíaca1, porém esta condição cardíaca tem
maior mortalidade2 – provoca de duas a três vezes mais mortes que cânceres
avançados, como o de mama.
Pacientes diagnosticados com
insuficiência cardíaca enfrentam repetidas internações e sintomas como falta de
ar para atividades físicas5, inchaços nos tornozelos e pés, e tosse
persistente6, que impactam na realização de atividades cotidianas e,
consequentemente, na qualidade de vida.
“O impacto da Insuficiência Cardíaca é
abrangente e causa limitações físicas e psicológicas. Na parte física, podemos
citar fadiga e dispneia, por exemplo, e em relação à saúde emocional dos
pacientes, a enfermidade pode gerar mudanças nas relações financeiras, sexuais,
nas atividades laborais, no lazer, entre outros. Em casos mais extremos,
pacientes podem sofrer com depressão”, explica Dr. Dirceu Rodrigues Almeida,
cardiologista, especialista em Insuficiência Cardíaca e professor da
Universidade Federal de São Paulo (SP).
A enfermidade também tem um peso
importante e crescente na saúde, gerando uma perda de R$ 22 bilhões na economia
do País, por custos no sistema de saúde e redução de produtividade.
Apesar de ser mais comum em pessoas com
mais de 65 anos, a incidência da doença em pessoas mais jovens cresce em
virtude do estilo de vida. Muito se deve aos fatores de risco que estão
presentes cada vez mais precocemente, como má alimentação, sedentarismo,
hipertensão e diabetes.
A falta de cuidado com o coração também
é um ponto importante. De acordo com a pesquisa, 61% dos entrevistados na
região Norte nunca foram ao cardiologista ou não vão há 10 anos. “Negligência
de cuidados com as doenças que afetam o coração são comuns e vão desde a não
marcação de uma consulta médica com especialista, algo endossado pela pesquisa,
até crenças dificultadoras da adesão ao tratamento, por exemplo”, acrescenta
Dr. Dirceu.
A amostra do estudo realizado pela Ipsos
é uma representatividade da população brasileira de áreas urbanas de acordo com
dados oficiais do IBGE (Censo 2010 e PNAD 2016) e tem margem de erro de ±3
pontos percentuais. As entrevistas foram pessoais em domicílios, realizadas
entre os dias 01 e 13 de agosto de 2018.
Sobre a pesquisa
A pesquisa entrevistou 1.200 homens e
mulheres com idade a partir de 16 anos, de 72 municípios do Brasil no segundo
semestre de 2018, com erro amostral de 3 p.p. e 95% de nível de confiança1. A
amostra é uma representatividade da população brasileira nas áreas urbanas de
acordo com dados oficiais do IBGE (Censo 2010 e PNAD 2016). As entrevistas
foram pessoais e em domicílios, realizadas entre os dias 01 e 13 de agosto de
2018.
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