Projeto Catavento distribui novos livros para escolas ribeirinhas






Cerca de 600 novas produções literárias foram entregues este mês a 30 escolas ribeirinhas de Barcarena, no nordeste do Pará. As obras chegam para renovar o conteúdo dos baús de livros utilizados no Projeto Catavento, uma iniciativa de responsabilidade social que incentiva a leitura e escrita para 1500 alunos do município.

O Projeto Catavento é desenvolvido desde 2010 pela Alubar, empresa líder de mercado na América Latina que oferece soluções em cabos elétricos de alumínio e cobre que atendem todo o setor de energia elétrica. A Secretaria Municipal de Educação de Barcarena é parceira da iniciativa. O objetivo do Catavento é estimular o hábito da leitura e da escrita nos estudantes atendidos. Para tal, o projeto realiza oficinas de formação junto aos educadores com foco na produção textual para que eles apliquem as didáticas em sala de aula.

“A cada dois anos, o Projeto Catavento faz uma compra de acervo e renova esse material. Os títulos são inéditos e diferentes uns dos outros. Como as escolas não dispõem de uma grande biblioteca, esse é o jeito que nós temos de garantir o acesso de estudantes e professores ao maior número de exemplares possíveis”, explica a Coordenadora de Projetos Sociais da Alubar, Márcia Campos.

A professora Maria de Fátima Dantas, que leciona na Escola Municipal São Gregório, na Ilha São Mateus, participa do Projeto Catavento desde o primeiro ano. Ela relembra o momento em que o baú chegou à escola com os primeiros livros. “Foi uma surpresa, pois não sabíamos o que estava dentro do baú. Quando abrimos e vimos que estava recheado de livros foi uma emoção muito grande, e desde então o projeto vem trazendo resultados importantes na leitura das crianças”, destacou, comemorando a renovação do acervo.

Novos autores – Com a ajuda dos professores e técnicos do projeto, os alunos vão além da compreensão das histórias e passam a produzir novos textos. Por meio do Catavento, os estudantes já produziram dois livros de contos e fábulas, escritos por eles em parceria com os professores. O terceiro livro da série “História Que Nos Contaram” já está em fase de produção e será focado em textos poéticos, com temáticas regionais que valorizam a cultura amazônica e o cotidiano dos estudantes.

Márcia Campos ressalta que o Catavento proporciona um aprendizado mais profundo que a simples alfabetização dos alunos.  “A alfabetização tem duas vertentes básicas: uma é ensinar a técnica. Outra é dar significado, sentido àquela técnica. Eu posso dizer que o objetivo principal do Catavento não é alfabetização, mas sim o letramento. Nós oferecemos sentido para aquilo que a criança está aprendendo”, disse.