Em sua 7ª edição, o Tapajazz, festival
que tem origem em Santarém, município do Baixo Amazonas, no Oeste paraense,
realiza sua 1ª Mostra Belém nos dias 24, 25 e 26 de setembro, em formato
on-line, com transmissão a partir das 19h30, direto do Teatro Waldemar
Henrique, pelo canal de Youtube do festival e retransmissão pela página de
Facebook da Equatorial Energia.
Realização da Fábrica de Produções, patrocínio da Equatorial Energia,
por meio da Lei Semear do Governo do Estado, e patrocínio da Alcoa. Apoio
cultural da Casa do Saulo – Onze Janelas e deputado Igor Normando.
A programação traz oito lives de shows,
em três dias, envolvendo mais de 20 músicos, de cinco estados brasileiros.
Participam do Tapajazz – Mostra Belém, os músicos Joãozinho Gomes, Enrico
Miceli e Zé Miguel, do grupo Conexão Amazônia (AP), Alan Gomes (AP), a banda
Silibrina (SP), Toninho Horta (MG), Trio Paraense - Tripa, formado por Luiz
Pardal, Jacinto Kahwage e Paulinho Assunção (PA), Grupo Jardim Percussivo (PA)
e Maurício Maestro (RJ), além de Sebastião Tapajós (PA).
Primeiro festival de jazz do interior
amazônico e um dos quatro do gênero na nossa região, o tapajazz acontece mais
especificamente, em Alter do Chão, um dos mais visados destinos turísticos do
Estado. O balneário é situado a poucos quilômetros de Santarém, cidade que
possui uma forte tradição musical. É onde vive o violonista Sebastião Tapajós,
nascido em Alenquer; e onde nasceu o saudoso Maestro Izoca. Hoje, com 300 mil
habitantes, o município possui uma orquestra sinfônica e investe no ensino
superior de música também.
“Já vivi profissionalmente de música,
como instrumentista, fora do país. Quando retornei, percebi que, embora em
minha cidade haja uma larga tradição de música instrumental, faltava um contato
maior dos nossos músicos com esse gênero produzido também no resto do país.
Isso me motivou a realizar o Tapajazz, como forma de preencher esta lacuna. Em
2020, estamos ampliando nosso intercâmbio”, diz Taré.
O produtor, com experiência de mais de
três décadas na área, resolveu inovar e trazer para para a capital paraense uma
mostra do festival, reunindo grandes nomes da música instrumental brasileira
que, em maioria, já vem se apresentando nas edições realizadas em Santarém. A
realização do projeto é da Fábrica de Produções, com patrocínio da Equatorial
Energia e Alcoa, via Lei Semear, do Governo do Estado, e Alcoa, com apoio
cultural da Casa do Saulo – Onze Janelas e deputado Igor Normando.
Intercâmbio artístico e formação de
plateia
E a ideia de trazer uma mostra do
Tapajazz a Belém é exatamente esta de contribuir para esta troca de informação
e conteúdos, além de estimular a circulação de artistas locais e nacionais
entre as duas cidades, gerando ainda oportunidades de trabalho para
profissionais da área, além, claro, de promover a linguagem e formar novas plateias
para a música instrumental na região.
Os compositores Zé Miguel (foto), Enrico
Di Miceli e Joãozinho Gomes, que formam o Conexão Amazônia, trazem para o
evento a sonoridade que nasce no mundo amazônico do batuque e do marabaixo do
Amapá. São três artistas que dialogam com as influências dos rítmica e
imagética dessa fronteira com a Guiana Francesa e os sons da floresta.
“Nossa expectativa assim como a de meus
parceiros é de grande alegria em participarmos mais uma vez do Tapajazz, (mesmo
que em formato de Live) e de fazermos nessa edição, que pela primeira vez será
realizada em Belém, como mostra especial, uma apresentação do jeito que o
Tapajazz merece. Daqui do Amapá, nos
conectaremos a este belo festival, e através dele, cantar e tocar nossas
canções para um público que tem a música como necessidade essencial. A música
que fazemos aqui consegue ser vista, ouvida e apreciada por grandes mestres da
música planetária, e sem dúvida passa a reverberar em alto e bom som pelo mundo
afora”, dizem Enrico di Miceli e Joãozinho Gomes.
Já Alan Gomes, que também vem de Macapá,
se destaca como cantor, compositor e músico, atuante em bandas como “Os Sem
Nomes”, “Casa Nova”, “Banda Zeta”, “Banda Placa” e “Banda Yes Banana”, essas
duas últimas citadas, ainda faz parte e com trabalhos bastante distintos. Como
Sadman atuou com todos os principais nomes da música Amapaense.
Atualmente, ele trabalha na gravação do
seu primeiro E.P. intitulado “Vila Nova”, no qual evidenciará tanto o
instrumental como também sua atuação como cantor e compositor, um trabalho que
terá como base os ritmos da cultura da Amazônia, dando ênfase nos tambores de
batuque e marabaixo, que são à base da cultura amapaense.
O Trio Paraense – Tripa – traz três
grande músicos instrumentistas, Luiz Pardal (multi instrumentista), Paulinho
Assunção (percussão) e Jacinto Kahwage (teclado), que além de amigos resolveram
também tocar juntos, a partir de diversas afinidades musicais. “O que nos une é
uma grande amizade, de uns 30 anos, e de Tripa, mais de 15 anos. Tocamos o que
gostamos e isso faz muita diferença”, diz Paulinho Assunção.
No repertório o grupo traz composições
autorais, de outros músicos paraense além de clássicos da música instrumental
brasileira e internacional. Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal, Vila Lobos,
Pixinguinha, Jacob do Bandolim, além e Waldemar Henrique estão nos shows que
eles realizam em diversos eventos. Tango, Fado, Pop transitam em suas
apresentações, que também trazem carimbó, retumbão, choro samba e salsa.
“Vamos mostrar uma parte de tudo isso no
show do Tapajazz. Vamos coisas autorais do Pardal e do Jacinto, além de outras
que merecem ser mostradas. Esse é um
projeto importante que já se estruturou no cenário da música instrumental na
Amazônia, e no qual é uma participar”, diz o percussionista.
2º dia traz mais três grandes atrações
No segundo dia, o público vai conferir o
trabalho do músico contrabaixista Maurício Maestro (foto), que nasceu no Rio de
Janeiro e começou sua carreira profissional integrando o grupo vocal
Momentoquatro, juntamente com David Tygel, Zé Rodrix e Ricardo Vilas, grupo que
acompanhou Edu Lobo em 1967 na apresentação de "Ponteio", no Festival
da Rede Record. Arranjador do sucesso, entre outras coisas em sua trajetória,
de 1975 a 1977, atuou em dupla com a cantora e compositora Joyce. Em 1978
fundou o conjunto Boca Livre juntamente com David Tygel, Zé Renato e Claudio
Nucci.
Sebastião Tapajós dispensa maiores
apresentações. É um dos nomes consagrados da música instrumental no mundo.
Violonista e compositor brasileiro, nascido em Alenquer-PA, ainda pequeno
mudou-se para Santarém, onde começou a estudar violão. Em 1964 foi estudar na
Europa e formou-se pelo Conservatório Nacional de Música de Lisboa, em
Portugal.
Na Espanha, estudou guitarra com Emilio
Pujol e cursou o Instituto de Cultura Hispânica. Ao longo de sua carreira, o artista já tocou
com nomes conhecidos da MPB como Hermeto Pascoal, Jane Duboc, Zimbo Trio,
Waldir Azevedo, Paulo Moura, Sivuca, Maurício Einhorn e Joel do Bandolim, e
internacionais, como Gerry Mulligan, Astor Piazzolla, Oscar Peterson e Paquito
D’Rivera.
Já a banda Silibrina com dois discos
lançados, O Raio (2017) e Estandarte (2019), reúne sete instrumentistas, tendo
como líder Gabriel Nóbrega – filho do multiartista pernambucano Antonio
Nóbrega. O grupo abusa do piano, baixo, guitarra e metais que se juntam a
instrumentos de percussão muito presentes na música popular do Brasil, como o caracaxá,
ganzá, timbal, alfaia, gonguê e o pandeiro. O resultado leva o público a uma
nova leitura das possibilidades musicais, que chega aos ouvidos de uma forma
elegante e ao mesmo tempo eletrizante.
Toninho Horta e Jardim Percussivo
encerram a mostra
A programação vai encerrar com duas
grandes atrações. O guitarrista compositor, instrumentista, cantor, arranjador
e produtor Toninho Horta chega em meio às comemorações de seus 50 anos de
carreira. O músico mineiro, autor de músicas que já fazem parte da história da
música brasileira, já teve dois álbuns indicados ao Latin Grammy e está entre
os 74 guitarristas mais representativos do mundo. É outro nome que dispensa
maiores apresentações e que já esteve diversas vezes em Belém, com shows
próprios.
A noite conta ainda com o grupo Jardim
Percussivo, que tem a frente o músico percussionista Márcio Jardim, e que reúne
ainda Edgar Matos (teclados), Wesley Jardim (baixo), Willian Jardim (guitarra)
e Marcelino Santos (percussão). No Tapajazz eles apresentam um show autoral,
que busca manter a sonoridade de instrumentos percussivos, trazendo, além de
ritmos, a melodia, para fazer uma ligação entre a mãe África e o pulmão do
mundo, a Amazônia.
PROGRAME-SE
Canal de Youtube | Facebook Equatorial
Energia.
Saiba quem entra na live de Belém.
Sempre às 19h30.
QUINTA-FEIRA | Dia 24 de setembro
Grupo de Conexão
De Macapá (AP).
Alan Gomes
De Macapá (AP)
Tripa - Trio Paraense
Em Belém
SEXTA-FEIRA | Dia 25 de setembro
Maurício Maestro (RJ) e Sebastião
Tapajós (PA)
Em Belém (PA).
Banda Silibrina
De São Paulo (SP).
SÁBADO | Dia 26 de setembro
Jardim Percussivo e Toninho Horta
Em Belém
Serviço
Mostra Belém Tapajazz. Nos dias 24, 25 e
26 de setembro, às 19h30, com transmissão direto do Teatro Waldemar Henrique,
pelo canal de Youtube do festival e retransmissão pela página de Facebook da
Equatorial Energia. Realização da Fábrica de Produções, patrocínio da
Equatorial Energia, por meio da Lei Semear do Governo do Estado, e patrocínio
da Alcoa. Apoio cultural da Casa do Saulo – Onze Janelas e deputado Igor
Normando.