Dinheiro da condenação do Basa é revertido para compras de cestas básicas a comunidades do Marajó

 


A 12ª Vara do Trabalho de Belém homologou o pedido, feito pelo Ministério Público do Trabalho PA-AP (MPT), de destinação de recursos à Confederação Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB e ao Grupo Para Valorização, Integração e Dignificação Do Doente de Aids – Grupo Paravidda, nos autos de ação civil pública contra o Banco da Amazônia (Basa). Do valor, R$ 50 mil foram direcionados à CNBB para aquisição de cestas básicas e material de higiene a serem doados para a população do Marajó, e R$ 6.855,00 ao Paravidda para compra de equipamentos de segurança.

 A ação civil pública foi ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho objetivando a anulação das contratações de pessoal realizadas pelo Basa sem a realização de concurso público, assim como a sua condenação ao pagamento de dano moral coletivo decorrente da prática de assédio moral contra a comunidade dos empregados advogados. Além disso, o MPT também requereu que o banco cumprisse as seguintes obrigações: não submeter, permitir ou tolerar que seus empregados, em especial os advogados, sejam assediados moralmente; somente contratar empregados aprovados em concurso público, ressalvadas as exceções permitidas pela lei; não despedir empregado por motivos discriminatórios ou retaliatórios; e não manipular os concursos públicos que fizer.

 O Basa foi condenado ao pagamento de dano moral coletivo na ação. Do valor fixado, além das reversões à CNBB e ao Paravidda, R$ 2,5 milhões foram destinados para o combate ao coronavírus (COVID-19) nos Estados do Pará e Amapá, e outros R$4.584.058,00 serão divididos em 4 parcelas semestrais de R$1.146.014,50, a serem quitadas em 30/06/2021, 10/12/2021, 30/06/2022 e 09/12/2022, a serem revertidas a órgãos públicos ou entidades beneficentes indicadas pelo MPT.

 O Ministério Público do Trabalho fiscalizará a prestação de contas, quanto ao uso do dinheiro.

 ACPCiv 0029300-17.2006.5.08.0012