Pará é o primeiro do país na produção de açaí e buriti

  

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga os resultados da Produção de Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) de 2019. O Pará figura em primeiro lugar na produção de açaí e buriti, em nível nacional. No açaí, o Nordeste paraense se destacou, especialmente pela produção dos municípios Limoeiro do Ajuru e Oeiras do Pará. Já na produção de buriti quem se destacou foi Igarapé-miri.

 A Pesquisa da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (Pevs) investiga 37 produtos do extrativismo vegetal e sete da silvicultura, com informações sobre a produção, a variação e a distribuição espacial de produtos madeireiros e não-madeireiros, assim como a participação da extração vegetal e da silvicultura no valor da exploração vegetal.

 Em 2019, a produção de açaí do Pará foi a maior do Brasil: mais de 151 mil toneladas, com valor de produção de R$ 465,5 milhões. A maior parte do plantio ocorre no Nordeste paraense (inclui a região do Salgado), responsável por 100,2 mil toneladas em 2019. Os municípios de Limoeiro do Ajuru (com 42 mil toneladas) e Oeiras do Pará (26,5 mil toneladas) foram os que mais se destacaram. A região do Marajó também é relevante na produção do açaí, tendo sido responsável por 37 mil toneladas de açaí em 2019. Nos municípios marajoaras, grande parte da produção concentra-se em Afuá (9.300 toneladas), Muaná (7 mil toneladas), São Sebastião da Boa Vista (6.300 toneladas) e Ponta de Pedras (6 mil toneladas).

 O Pará também foi o primeiro do Brasil na produção de buriti, com 249 toneladas do produto (R$ 505 mil em valor de produção), com destaque, mais uma vez, para o Nordeste paraense, especialmente o município de Igarapé-miri que produziu 220 toneladas só no ano passado.

 O Pará também foi o primeiro produtor de palmito da região Norte, com 3.600 toneladas (valor de produção de R$ 14,1 milhões) e o segundo do país na produção de castanha-do-pará (7 mil toneladas).

 Em 2019, o extrativismo vegetal paraense gerou ainda 420 toneladas de pequi, 92 toneladas de cumaru em amêndoas, 62 toneladas de castanha-de-caju, além de 15 toneladas de babaçu, 17 toneladas de óleo de copaíba e 36 toneladas de folhas de jaborandi.

 A atividade madeireira do Pará foi a maior da região Norte, gerando 64 toneladas de carvão vegetal (R$ 56,8 milhões de valor de produção), 1,5 milhão de m³ de madeira em lenha (R$ 42,7 milhões) e 3,7 milhões de m³ de madeira em tora (R$ 908,6 milhões).

 Dos 210.812 hectares de terras paraenses dedicadas à silvicultura, mais de 60% (141.714 hectares) são para a produção de eucalipto. Em 2019, essa cultura gerou 37 mil toneladas de carvão vegetal (R$ 38 milhões em valor de produção), 1,7 mil m³ de lenha (R$ 90 mil), 1,4 milhões m³ de madeira em tora para papel e celulose (R$ 70 milhões) e 738,9 mil m³ (R$ 39,8 milhões) de madeira em tora para outras finalidades.

 A produção de borracha (látex coagulada) no Pará foi de 45 toneladas (R$ 153 mil em valor de produção), com destaque para o município de Santarém, no Baixo Amazonas, responsável pela produção de 38 toneladas do total produzido no Pará em 2019, correspondentes a R$ 113 mil reais em valor de produção.

 Os dados completos da Produção de Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) de todo o país está disponível no site oficial do IBGE (www.ibge.gov.br).

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