Marinha do Brasil, por meio do
Comando do 4º Distrito Naval homenageará os marinheiros brasileiros mortos em
guerra, em cerimônia a bordo do Navio-Patrulha “Bracuí”, na Baía de Guajará,
nesta segunda-feira. O navio desatracará do Cais da Escadinha, na Estação das
Docas, às 10h e, durante o evento, haverá o lançamento de uma coroa de flores
na Baía, seguido de toque de silêncio. A homenagem será prestigiada por
representações de militares, de ex-combatentes e de membros da Sociedade Amigos
da Marinha do Pará.
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Foto: Marinha do Brasil |
A homenagem lembra a manhã de 21
de julho de 1944. Após o término de mais um comboio, a Corveta “Camaquã” já
demandava o porto do Recife, quando enfrentou um terrível mau tempo, sendo
atingida por uma sucessão de grandes ondas. As duas primeiras a fizeram adernar
perigosamente, porém, a terceira onda foi fatal, fazendo-a emborcar. Mais
tarde, seus náufragos foram recolhidos pelos Caça-Submarinos Jutaí e Graúna,
componentes daquela mesma escolta de comboio.
Neste acidente, 33 homens
perderam suas vidas e marcou uma data na qual, dos conveses dos navios, flores
são lançadas ao mar em homenagem a todos os marinheiros das Marinhas de Guerra
e Mercante que foram mortos em guerra. Ao relato desse episódio da história
recente se somam tantos outros, não só da Segunda Guerra. Podem ser citados os
combates pela consolidação da Independência, o esforço para conter as
insurreições e levantes ocorridos durante os períodos da Regência e do Segundo
Reinado, sem esquecer as batalhas da Guerra da Tríplice Aliança. Naqueles
momentos difíceis, a participação da Marinha foi fundamental para que fossem
mantidas a integridade territorial e a soberania do País. Nesta data, a nação
brasileira reverencia aqueles que deram suas vidas pela Pátria. Marinheiros,
que nos mares e rios, ou mesmo em terra, pereceram defendendo o Pavilhão
Nacional.