Três alunos paraenses embarcam no
próximo dia 25 para participar, em Brasília (DF), até o dia 30 deste mês, do
Parlamento Jovem Brasileiro (PJB 2016), na Câmara dos Deputados, que mais uma
vez abre suas portas para ouvir a juventude do país. São duas alunas da rede
privada de ensino, Bruna Cunha,16, e Fernanda Murici,17 e um da rede pública,
Carlos Alexandre de Freitas dos Anjos,18, aluno do 2º ano do ensino médio da
Escola Estadual Marília Gabriela, no Conjunto Maguari. Eles apresentarão ao
parlamento federal projetos de suas autorias, nas áreas de economia, educação e
saúde, respectivamente.
Realizado anualmente, o
Parlamento Jovem tem por objetivo possibilitar aos alunos de ensino médio de
escolas públicas e particulares a vivência do processo democrático, mediante a
participação em uma jornada parlamentar na Câmara dos Deputados, em que os
estudantes tomam posse como parlamentares e atuam como deputados jovens por
cinco dias, com a responsabilidade de defender a aprovação do projeto que
elaboraram para concorrer ao PJB.
Segundo a coordenadora do Projeto
Parlamento Jovem da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Luíza Amélia
Silva Araújo, nesta quarta-feira, 14, foi realizada reunião na secretaria com
alunos e seus pais para afinar detalhes da viagem. “Ao todo serão 78 alunos que
são empossados como deputados jovens de todo o Brasil. No Pará foram
apresentados 28 projetos de alunos de escolas públicas e particulares, desse
total foram pré-selecionados nove, que foram enviados a Brasília. Ao final foram
aprovados três, conforme número de deputados federais paraenses no Distrito
Federal”, detalhou. Atualmente o Pará tem 17 deputados em Brasília.
Em Brasília, os estudantes terão
a oportunidade de desenvolver habilidades de argumentação e respeito à diversidade
de opiniões, além de construir um olhar mais crítico sobre sua realidade. Para
Carlos Alexandre de Freitas, a dificuldade sentida por ele durante consultas
médicas o inspirou a desenvolver o projeto “O médico no seu bolso”, no qual
propõe à Câmara de Deputados a aprovação de um projeto que cria um aplicativo
nas redes sociais para complementar de forma virtual o atendimento médico
dentro das unidades de saúe.
“A grande demanda de pacientes
nas unidades de saúde faz com que o médico atenda muito rápido seus pacientes.
Me sentia muito mal, pois alguns nem me olhavam no rosto, então com o
aplicativo eles podem complementar o atendimento online, dando maior atenção
aos pacientes, uma vez que as ferramentas digitais são usadas por quase todo
mundo”, defendeu.
Fernanda Murici vai defender em
Brasília projeto que prevê a “Criação de
curso de redação gratuito para alunos do 3ª ano do ensino médio da rede
pública” e Bruna Cunha sobre “Obrigatoriedade de auxílio psicológico aos
trabalhadores das áreas de teleatendimento e telemarkerting”.