Convocados pela direção da Escola Estadual de Ensino Fundamental Santo Afonso, no bairro do Telégrafo, pais e mães de alunos compareceram a uma reunião nesta terça-feira (6) com o corpo funcional da escola, psicólogos e assistentes sociais da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e Fundação Pro Paz, na quadra de esportes, para definir ações estratégicas ao funcionamento da unidade de ensino. Um abraço simbólico marcou o momento.
A reunião ocorreu no segundo dia do retorno às aulas, após o acidente que vitimou, no dia 31 de agosto, o estudante Eduardo Cordeiro, 12 anos, do sexto ano do ensino fundamental. Entre as medidas definidas na reunião está um sistema de identificação reforçado de quem entra e sai da escola. Além disso, em conjunto com os pais, será providenciado um cadastro dos responsáveis por buscar os filhos na escola. Todos os alunos passarão a usar uma carteira escolar. Dois servidores vão reforçar o monitoramento dos estudantes nos ambientes da escola. O conselho escolar será reestruturado. A direção propôs ainda a formação do conselho de pais e projetos pedagógicos e esportivos.
Parcerias – “A reunião foi produtiva. É assim que se resolvem os desafios. Faltam mais projetos no esporte para orientar as crianças. O corpo pedagógico tem que estar mais presente. A educação é uma via de mão dupla, porque ela começa em casa, com os valores, o exemplo dos pais, e segue na escola”, disse a pedagoga Sheila Santana Silva, 40 anos, mãe de dois ex-alunos e de uma sobrinha que atualmente estuda na Escola Santo Afonso.
Outra mãe e ex-aluna da Escola Santo Afonso, Josiane Bandeira, 22, tem uma filha de 6 anos na unidade escolar. “Temos de ser parceiros dos professores. Devemos participar mesmo nessa busca sobre o que a escola precisa. Tem que ter maior policiamento na área da escola”, disse. A sugestão foi ouvida pela equipe de policiais da Companhia Independente de Policiamento Escolar (Cipoe) da Polícia Militar, que acompanhou a reunião.
Nesta quinta (8) e sexta-feira (9), os estudantes vão revisar conteúdos para as avaliações da semana que vem. A Seduc mantém o atendimento psicossocial, em conjunto com o Pro Paz, à comunidade escolar, e por meio da Ouvidoria apura as circunstâncias da morte do estudante Eduardo Cordeiro.
