Casa das Artes recebe o experimento cênico “Enredar”

A rede - pesca e de dormir - é a inspiração para o experimento cênico “Enredar”, da artista Marina Trindade, que será exibido nesta sexta-feira (16), às 20h, na Casa das Artes. O experimento cênico foi contemplado com o Prêmio de Experimentação, Pesquisa e Difusão Artística 2016 do Programa Seiva, de incentivo à arte e à cultura da Fundação Cultural do Pará.

A partir de técnicas circenses e da dança contemporânea, Marina Trindade, intérprete e criadora do experimento, além de integrante do grupo Projeto Vertigem, mergulha em um universo lúdico de memórias, afetos e gestos em que a mulher e a rede se confundem.

 Ela conta como surgiu a ideia desse projeto: “Foi a partir de uma cena que vi, onde a rede era usada para compor uma performance circense. Aquilo me encantou, eu quis experimentar e trazer essa resignificação para o meu trabalho”, explica.

Os pesquisadores do projeto, entre eles Débora Flor, Rafael Café e Armando Mendonça, participaram de uma vivência na ilha de Jutuba, com um nativo conhecido como Tio Réque, que confecciona e conserta redes de pesca, e também com a dançarina chilena Camila Paz. Essas vivências foram realizadas a partir de uma oficina de macramê, uma técnica de tecer fios que não utiliza nenhum tipo de maquinário ou ferramenta, todas elas fundamentais para o resultado final.

Paralelamente à cena, os artistas Mayara La-Roque, Inaê Nascimento, Dayane Ferreira e Ana Carolina Marceliano participam de uma instalação que mostra a tessitura de textos, em uma vivência imersiva a partir do contato com o trabalho ainda em processo.

Serviço: Experimento cênico Enredar. Dia 16 de dezembro, na Sala de Dança da Casa das Artes (Praça Justo Chermont, 236), às 20h. Entrada é franca.

(Colaboração: Vinicius Farias)