Secretarias levam ações de combate à Dengue às escolas




Nesta sexta-feira (13), a partir das 8 horas, o governo do Estado dá a largada para a segunda edição consecutiva da Campanha Estadual de Combate ao Aedes aegypti, para o controle da dengue nas escolas estaduais. A programaçã será aberta com uma cerimônia, seguida por diversas atividades alusivas ao tema que se estenderão por toda a manhã na Escola Estadual de Ensino Fundamental General Gurjão, no bairro da Cidade Velha, em Belém.

A exemplo da campanha ocorrida em abril de 2016, as ações no Pará estão sendo novamente coordenadas pelo governo do Estado, por meio das secretarias de Educação (Seduc) e de Saúde Pública (Sespa), juntamente com outros órgãos estaduais, com apoio das Forças Armadas. A iniciativa tem o objetivo de intensificar a mobilização nas escolas contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti, inlcuindo a participação de profissionais de saúde e de educação, por meio de orientações e práticas socioeducativas contínuas junto à comunidade estudantil.

Além de alunos e professores da escola General Gurjão, participam da abertura da campanha os titulares da Sespa e da Seduc, Vitor Mateus e Ana Cláudia Hage, respectivamente, além de representantes da prefeitura de Belém, do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil Estadual e do Programa de Controle de Endemias da Sespa.

Entre as atividades previstas estão palestras educativas, montagem de um laboratório de Entomologia (para mostrar o ciclo evolutivo do mosquito Aedes aegypti, com a participação de técnicos do Laboratório Central do Pará) e atividades lúdicas - como o Cruzadão (palavra cruzada interativa), o 'Jornal Falado' com os âncoras Chico Gunya e Zika Bernardes; uma paródia cênica sobre o vetor e a apresentação do coral dos alunos do projeto Mundiar.

Em nota técnica, a Diretoria de Vigilância em Saúde da Sespa afirma que a campanha atende a convocação do governo federal para adesão à mobilização nacional. Há também a recomendação para que todas as escolas estaduais reforcem a iniciativa no intuito de esclarecer a comunidade estudantil sobre as maneiras ideais de eliminar criadouros do mosquito.

Nesse sentido, a campanha deste ano continuará utilizando o slogan utilizado pela Sespa em 2016, que recomenda às pessoas reservarem 10 minutos por semana para verificar, em suas casas e outros espaços, a existência (e eliminação) de possíveis criadouros do mosquito, como em calhas, entulhos, montes de lixo e recipientes que possam reter água (baldes e pneus, por exemplo). “É importante, no entanto, que a população crie esse hábito de repetir sempre essa estratégia em casa. Se fizermos isso podemos evitar que os ovos e larvas evoluam para a forma adulta do mosquito, processo este que dura entre sete e dez dias”, explica o médico Bernardo Cardoso, coordenador do Departamento de Controle de Endemias da Sespa.

De acordo com o balanço epidemiológico de 2016, foram confirmados 6.329 casos de dengue, 834 de febre chikungunya e outros 2.807 pacientes com zika em todo o estado, porém sem nenhum óbito causado pelas três doenças. Segundo os dados, houve um aumento de 9,59% na quantidade de pessoas ifectadas com dengue em relação a 2015, que terminou com 5.775 ocorrências e cinco registros de mortes em decorrência da doença. “O aumento se dá pelo acréscimo das notificações e diagnóstico, com apoio do Evandro Chagas, Laboratório Central do Estado e unidades hospitalares”, afirmou Cardoso.

Segundo o diretor, o trabalho é feito de forma constante em parceria com os municípios ao longo do ano. Equipes da Sespa também fazem visitas técnicas aos municípios para assessoramento das ações do programa de combate à dengue, além de apoiar a capacitação para o atendimento de casos de febre chikungunya e zika. “Nesse período chuvoso é de suma importância redobrar os cuidados. As donas de casa devem continuar atentas aos reservatórios de água, evitar lixo armazenado e limpar o quintal regularmente. Além disso, os novos gestores devem reforçar as ações de limpeza pública em suas cidades. Cuidados básicos fazem a diferença e previnem a proliferação do mosquito transmissor”, orienta.

Dez municípios paraenses fecharam o ranking dos casos confirmados de dengue no Pará no decorrer de 2016: Belém (567), Marabá (496), Dom Eliseu (482), Alenquer (440), Itaituba (330), Oriximiná (304), Parauapebas (299), Tucuruí (290), Pacajá (223) e Novo Progresso (221).

A Sespa continua orientando que as secretarias municipais de Saúde informem, no período de 24 horas, a ocorrência de casos graves e mortes que podem ter sido causadas pelas doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

Para a confirmação da causa da morte é necessária a investigação epidemiológica, com aplicação do Protocolo de Investigação de Óbito do Ministério da Saúde, que prevê exames específicos em laboratórios credenciados, como o Laboratório Central (Lacen) e o Instituto Evandro Chagas (IEC), preconizados pelo Programa Nacional de Controle da Dengue. O procedimento garante o correto encerramento de casos graves e óbitos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).


(Colaboração: Edna Lima)