Com o apoio da Alcoa, Cooperativa de agricultores em Juruti aumenta faturamento em 30%

Plantação de hortaliças da Cooafajur, em Juruti. Crédito: Divulgação Alcoa


A direção da Cooperativa da Agricultura Familiar de Juruti (COOAFAJUR) acaba de aprovar suas prestações de contas do ano de 2016 em Assembleia Ordinária e demonstrou avanços significativos com o aumento de 30% no faturamento e a conquista de novos mercados. A cooperativa é um dos resultados do Programa de Apoio à Produção Familiar, dos Planos de Controle Ambiental (PCA) da Alcoa, que possui empreendimento de mineração de bauxita no município de Juruti, oeste do Pará. A assembleia reuniu cooperados, representantes da Alcoa e do Instituto Vitória Régia (IVR), que presta consultoria técnica para a Cooperativa e promove outras iniciativas dos PCAs da Alcoa em Juruti.

“Tivemos um ano difícil devido à crise, mas conseguimos superar e fechar o ano com resultado positivo. Este ano, pretendemos aumentar nossa produtividade e absorver ao máximo as técnicas aplicadas pelo Instituto Vitória Régia”, declara Maria Vera Correia da Silva, presidente da Cooperativa.

Em números, a Cooperativa faturou o total de R$ 86.957,38 em 2016, representando aumento de cerca de 30% em relação ao ano anterior. Com o aprendizado de novas técnicas de cultivo, a diversificação da produção e a melhoria logística com a aquisição de minicarretas para escoamento da produção, os cooperados também entraram em novos mercados.

Para Alex Santos Keuffer, presidente do Instituto Vitória Régia, o principal benefício está na conquista da autogestão da cooperativa no gerenciamento de processos. “O resultado positivo vem dos esforços de todos os agentes envolvidos. Para mim, o mais importante é que o Instituto teve uma participação menor no apoio à Cooperativa em relação ao ano de 2015. Isso prova que a cooperativa começa por si só a ter autonomia em sua gestão”, declarou.

Segundo Rogério Ribas, gerente de Assuntos Institucionais da Alcoa Juruti, o sucesso da cooperativa é uma forma de comprovar que a estratégia aplicada nos PCAs é eficaz. “Uma verdadeira proposta de sustentabilidade pressupõe a autonomia e o avanço das organizações locais com suas próprias pernas. A Cooperativa foi incubada dentro do nosso programa, com incentivos diretos da Alcoa e do Instituto Vitória Régia, e, hoje, apresenta resultados concretos que demonstram uma nova etapa de maturidade dos agricultores locais”, declara.

Entre as histórias que foram transformadas por meio da iniciativa, está a do senhor Messias da Silva Soares, cooperado e morador da comunidade Esperança. Ele se tornou uma referência como produtor bem sucedido dentro da Cooperativa. “Hoje, a principal fonte de renda da minha família vem da produção de hortaliças e de produtos derivados da mandioca. Este ano, objetivamos aumentar a produção e mostrar a outros comunitários que podemos crescer com nossos produtos. Queremos também compartilhar nossos conhecimentos com outros cooperados através de oficinas de capacitação. Estou feliz e agradeço a Alcoa pelo apoio e ao Instituto Vitoria Regia, que nos ajuda com assessoria técnica”, reconheceu.

Além da prestação de contas, foi eleito novo Conselho Fiscal da Cooperativa e foram propostas diversas ideias para o plano de atividades do ano de 2017 com foco no crescimento e no aperfeiçoamento das técnicas e no desenvolvimento dos cooperados.