Titulares e equipes técnicas da
Secretaria Extraordinária de Integração de Políticas Sociais (Seeips) e da
Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) recebem, nesta sexta-feira (03),
às 10 horas, prefeitos e secretários de Saúde dos municípios de Belém,
Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Bárbara, Santa Izabel, Castanhal,
Abaetetuba e Barcarena para debater ações de contenção do mosquito Aedes aegypti,
transmissor da dengue, febre chikungunya, zika vírus e febre amarela. O
encontro entre as lideranças acontecerá no auditório da Casa Civil da
Governadoria do Estado, situada na avenida Doutor Freitas, entre as avenidas
Almirante Barroso e 25 de Setembro, no bairro do Marco, em Belém.
No decorrer das atividades, será
também debatido o cenário atual das doenças causadas pelo Aedes aegypti, que só
este ano já somou, em todo o estado, 86 casos confirmados de dengue, um de zika
vírus e dois de febre chikungunya. Emitidos pela Coordenação Estadual de
Vigilância em Saúde da Sespa, os dados apontam ainda que houve uma redução do
número de pessoas acometidas por essas doenças no estado em relação ao mesmo
período de 2016, que registrou 191 confirmações para dengue, uma para
chikungunya e cinco por zika.
No município de Xinguara, que se
encontra em estado de alerta, três mortes ocorridas este ano ainda estão sob
investigação devido à associação com os sintomas da febre chikungunya, além dos
dois casos seguidos de morte pela doença, já confirmados anteriormente pro
critério laboratorial. A Sespa, por meio de retaguarda técnica das equipes de
Vigilância em Saúde e do 12º Centro Regional da Saúde (12º CRS), tem apoiado as
secretarias municipais de Xinguara na força-tarefa instalada no município a fim
de controlar os focos de reprodução do mosquito Aedes aegypti.
Outra medida adotada pela Sespa
foi a implantação da Sala de Situação, que tem articulado parcerias com o
Exército Brasileiro nas ações de combate ao mosquito. Os soldados já estão em
campo nos municípios de Tucuruí, Marituba, Ananindeua, Belém, Marabá, Sapucaia
e Rio Maria, e, esta semana, também passaram a reforçar a vigilância
epidemiológica no município de Xinguara. Todos foram treinados e capacitados
para atuar nas ações educativas junto à população.
O informe técnico confirma,
ainda, que em todo o estado não houve registro de mortes por dengue e zika
vírus este ano e nem em 2016, mas a Sespa orienta as Secretarias Municipais de
Saúde para que informem, num período de 24 horas, a ocorrência de casos graves
e mortes suspeitas.
Em relação à febre amarela, a
Sespa descarta qualquer situação alarmante, como vem ocorrendo em Minas Gerais
(MG). Logo, não há mortes a serem apuradas e tampouco pessoas internadas com
sintomas da doença. Só no ano passado, 71.195 pessoas foram vacinadas no Pará e
em 2015, o número de imunicações chegou a 80.230. Dos 144 municípios paraenses,
129 estão indicados pelo Ministério da Saúde (MS) para vacinação contra a febre
amarela.
Segundo levantamento técnico do
Grupo de Trabalho de Zoonoses, da Diretoria de Vigilância em Saúde da Sespa,
entre 2010 e 2015 foram confirmados cinco casos de febre amarela no Pará, sendo
que três evoluíram para óbito e nenhum dos cinco pacientes, todos homens e com
média de 18 anos, estava com o calendário de vacina em dia. Os registros foram
dos municípios de Breves e Tailândia, ambos com óbito ocorrido em 2010; Acará
em 2013, Monte Alegre em 2014, Afuá em 2015 e Gurupá, no ano passado, também
com evolução para morte.
A título de recomendação, a Sespa
orienta o mesmo que o Ministério da Saúde (MS) a todos os estados: que toda
pessoa que reside ou vai viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata, que
são áreas com recomendação da vacina contra febre amarela, deve se imunizar.
Isso ocorre porque a transmissão da febre amarela é tida como possível na maioria
das regiões do Brasil entre os meses de dezembro e maio.