À mulheres, com carinho!





“Dizem que a mulher é o sexo frágil, mas que mentira absurda...”. Erasmo Carlos ao compor essa música, não sabia o quão certo ele estava. São elas que suportam as dores de um parto, trabalham tanto fora de casa para ajudar nas despesas domésticas como em suas casas. Mas, o que é ser mulher?
Consideradas como “sexo frágil”, as mulheres, a cada ano vem ganhando espaço no cenário atual e a imagem estereotipada associada a elas tem sido quebrada através da busca pelos direitos que não é algo de hoje, desde a antiguidade é possível notar a luta pela sua conquista na sociedade.

A mulher de hoje, é a mesmo tempo, focada, firme, centrada, multitarefada, não teme desafios e é aquela que permanentemente luta por igualdade. Infelizmente nem tudo é perfeito, haja vista que o sexo feminino não é tratado como tal, elas não ocupam determinados cargos, não recebem os mesmo salários que o sexo oposto, a prova disso está nos movimentos feministas, baseados na luta contra as formas de opressão sobre as mulheres, bem como a igualdade entre gêneros, ou seja, a luta é grande pelo reconhecimento, principalmente no espaço político.

Ser mulher não é para qualquer um. “É ter que lidar com uma “montanha russa” de hormônios, é lutar para mostrar para o “mundo” que ela pode ser o que quiser, como quiser e quando quiser, sem ser rotulada e sem seguir padrões. Na verdade o sexo feminino não pode nem ao menos escolher sobre sua própria vida e o papel que ela desempenhará na sociedade sem ser rotulada.

Não é moleza, ter que aguentar pressão em sua volta ou ouvir expressões do tipo “tinha que ser mulher” quando se trata de carros e outras atividades consideradas para os “homens”. Isso é nem de longe coisa de gente frágil. Ser mulher hoje é muito difícil para aquelas que pensam serem inferiores ao outro gênero, que não pode usufruir dos mesmos direitos.

É esforçar-se, rotineiramente, pelos direitos mais básicos, de não ser desrespeitada, julgada ou assediada. De poder sair de casa e voltar sem ter medo de encontrar alguém com más intenções. Sem ser vítima do Feminicídio, para quem não sabe é o assassinato de uma mulher pela simples condição de ser mulher. Acredite, o Brasil ocupa a quinta posição no ranking de 83 nações, isso significa que o país está entre os países com maior índice de homicídios femininos. Isso desmistifica totalmente a imagem do Brasil em ser uma nação sem racismo, sem preconceito, festivo, “tolerante” e miscigenado. É triste!

Mas, independentemente de machismo, feminismo ou qualquer outra definição, ser mulher é desempenhar quantos papéis for preciso. É ter muitos medos e não se curvar diante de nenhum. É trabalhar e ter sucesso em sua área.

Ser mulher é um tanto desafiador, mas não há mais nada bonito. Nem de longe é o tal de sexo frágil. Uma definição para o que é ser mulher? É difícil encontrar uma palavra só para concretizar o que é serem, ao mesmo tempo, calmaria e tempestade em uma só pessoa. Afinal, todos são mulheres e continuamos vivendo. Ou pelo menos, tentando.


* Estudante de jornalismo Bianca Rodrigues/Faculdade Estácio


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