Alterações de humor, crises de choro, tristeza e desesperança. São alguns dos principais sintomas da depressão pós-parto. Essas e outras informações serão repassadas nesta sexta-feira, 7, no Hospital Regional Público do Marajó (HRPM), em Breves, durante ações educativas destinadas aos colaboradores, usuários e acompanhantes, em alusão ao Dia Mundial da Saúde, que este ano tem como tema a depressão, que atinge mais de 350 milhões de pessoas no mundo e é a segunda causa de suicídio entre jovens.
Com assistência de alta complexidade
para várias especialidades, inclusive em obstetrícia, o hospital tem um intenso
fluxo de atendimento de partos de alto risco. Em 2016, foram 338, entre normais
e cesáreas, que corresponde a uma média mensal de pouco mais de 40
procedimentos. A prevenção contra a depressão ganha destaque no atendimento das
grávidas, especialmente, durante o pré-natal das pacientes encaminhadas para o
regional.
De acordo Luana Matos, responsável pelo
setor de Psicologia do hospital, as ações preventivas contra a depressão são
realizadas regularmente no atendimentos das mães. “A depressão pós-parto ocorre
logo após o parto. Normalmente esses quadros se desenvolvem em função de
alterações hormonais decorrentes do fim do período gestacional”, pontuou.
O trabalho de humanização no atendimento
aos usuários tem um cuidado redobrado junto à maternidade, tendo em vista que o
HRPM está em busca da certificação Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC),
da Unicef, por meio do Ministério da Saúde. Por isso promove, entre outras
ações, orientação e treinamento às gestantes e mães sobre vários aspectos da
gravidez, por intermédio do Grupo de Apoio ao Aleitamento Materno Exclusivo
(Gaame), no espaço de acolhimento às mães com bebês internados na Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e Pediátrica.
“Durante o atendimento, elas recebem
orientações da equipe multidisciplinar sobre a prevenção desse mal que afeta
milhares de pessoas no mundo”, disse Luana, comentando que não há uma única
causa para depressão pós-parto. Fatores físicos, emocionais e de estilo de vida
podem influenciar de alguma forma no surgimento da doença.
Quando a equipe identifica usuária com
sintomas da depressão, ela é encaminhada à psicologia e, se necessário, para
atendimento na rede pública especializada. São vários os sintomas, que têm
diferentes graus de intensidade, entre eles, choro sem motivo, irritabilidade,
intolerância, insônia, inapetência, agressividade e passividade.
Luana esclarece que diversos fatores
podem provocar a depressão, entre eles, gravidez indesejada, falta de apoio
familiar, passado com situação de perda, aborto. "Isso tudo somatiza e a
possibilidade de evoluir para quadro depressivo é muito grande", afirma a
psicóloga.
Segundo levantamento da Fundação Oswaldo
Cruz, o transtorno atinge uma em cada quatro mulheres no Brasil, mais de 25%
das mães brasileiras. A atividade educativa no HRPM pelo Dia Mundial da Saúde é
organizada e desenvolvida pelo Grupo de Trabalho de Humanização (GTH), com
rodas de conversa, palestras, apresentação de vídeos e distribuição de
panfletos sobre o tema.
Serviço:
O HRPM funciona na Av. Rio Branco, nº
1.266, e dispõe de atendimento ambulatorial de segunda a sexta-feira, das 7h às
18h. Iinformações: (91) 3783-2140 / 3783-2127.