Belém registra queda no número de multas de trânsito



O Código de Trânsito Brasileiro é claro: todo o valor de multa arrecadado com infração de trânsito tem destino certo. Esses recursos são investidos em educação, fiscalização, engenharia de tráfego e sinalização com o objetivo de melhorar a segurança na mobilidade urbana das cidades. Em Belém, a Prefeitura trabalha atualmente com R$ 19.481.915,43, que foi o valor total arrecadado com multas em 2016. Parece muito, mas é significativamente abaixo do que havia sido previsto pela Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém, R$ 30 milhões, baseado no ano anterior, 2015, portanto houve uma queda na arrecadação oriunda de multas.

“Por um lado é bom, mostra que as pessoas estão mais educadas ao trânsito e que nossas ações de prevenção estão surtindo efeito, mas também reflete em menos recursos para investimentos. Então, se o planejado era arrecadar R$ 30 milhões, e arrecadou-se R$ 19 milhões, tivemos que nos reprogramar, nos reordenar e replanejar nossas ações”, explica a superintendente da Semob, Ana Paula Grossinho.

O orçamento de arrecadação de multas é feito sempre com base no que foi arrecadado no ano anterior e acrescido um valor a mais. Foi assim que se chegou à projeção de R$ 30 milhões arrecadação para 2016. Com a queda para R$ 19,5 milhões, é preciso se adaptar ao novo orçamento.

E se o valor arrecadado com multas diminuiu, um dos motivos é a maior conscientização dos condutores, um trabalho que conta com o empenho da equipe de educação da Semob, que está sempre com blitzes educativas nas ruas e diretamente em escolas, universidades, comunidades, etc. Só no mês passado, quando celebrou-se o Maio Amarelo, de mobilização nacional pela segurança no trânsito, foram realizadas 20 ações em 19 dias, com um público diretamente impactado de 10 mil pessoas.

Outro trabalho que não é diretamente visível, mas que faz toda a diferença no trânsito é a engenharia de tráfego. A Prefeitura de Belém, por exemplo, está iniciando a implantação do BRS, sistema de ônibus rápido, que se caracteriza por faixas exclusivas para ônibus comuns em grandes corredores de tráfego, isso é fruto do trabalho de engenharia de tráfego. “A sinalização do BRS iniciou há duas semanas, mas o estudo e o trabalho prévio de planejamento vem sendo feito há mais de cinco meses”, completa Ana Paula Grossinho.



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