Um acordo entre o governo do
Estado e a Prefeitura de Santarém, mediado pela promotora de Justiça Lílian
Braga, do Ministério Público local, acende uma luz no fim do túnel para dezenas
de usuários do serviço de hemodiálise que vivem à sombra de um impasse: a
precariedade no atendimento a pacientes renais crônicos.
Pelo acordo, a Secretaria de
Saúde do Pará assumirá integralmente a gestão desse serviço, que é mantido
desde 2005 pela Secretaria de Saúde do município, em cooperação com o Hospital
Regional de Santarém. No entanto, para cumprir o trato, a Sespa precisará
instalar no Regional mais de 40 novas máquinas de hemodiálise, em adição aos 27
equipamentos atuais.
“Reconhecemos como legítima a
reivindicação da Prefeitura de Santarém, que reconhece como plausível a nossa
necessidade de prazo para consolidar o acordo”, disse o secretário estadual de
Saúde, Vitor Mateus. “Prevaleceu o bom senso”, atestou.
Ficou estipulado o prazo de 20
dias para a apresentação do plano de ação da Sespa e o período de seis meses
para a instalação dos novos pontos de hemodiálise. Neste intervalo de transição
da gestão municipal para a estadual, foram definidas medidas emergenciais.
Uma dessas medidas é a
instalação, com apoio do governo do Estado, de duas novas máquinas no hospital
municipal, onde existem dez equipamentos. Além disso, serão feitos alguns
ajustes nos protocolos de procedimentos do Hospital Regional que permitirão ampliar
a capacidade de receber pacientes da nefrologia.