Foto: Thiago Gomes - ACS Susipe |
Começa nesta segunda-feira (10)
mais uma etapa do projeto “Cultivando Flores e Vidas”, executado pelo Núcleo de
Articulação e Cidadania (NAC), do governo do Estado, em parceria com a Empresa
de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), que oferece os
instrutores, e com a Central de Abastecimento do Pará (Ceasa), que garante os
espaços para a capacitação e lanche para os alunos.
A nova turma é composta por 25
pessoas, todas elas moradoras do entorno do Parque Estadual do Utinga (PEUt).
As aulas terão duração de duas semanas com carga total de 40 horas. Os dois
primeiros dias de curso serão pela manhã, das 8h ao meio dia, no auditório da
Governadoria, quando os participantes receberão noções de empreendedorismo e de
envasamento de plantas.
Na quarta-feira (12), eles farão
uma visita às praças da capital para conhecer de perto o trabalho de paisagismo
que é desenvolvido nos logradouros da cidade. E a partir de quinta-feira, dia
13, eles seguem para a Ceasa, onde vão aplicar, na prática, as técnicas
repassadas no curso.
A expectativa do projeto é
contribuir com a inclusão socioprodutiva de pessoas que vivem em comunidades
carentes da região metropolitana de Belém. O “Cultivando Flores e Vidas” tem o
objetivo de ampliar possibilidades de novas ocupações no setor produtivo da
floricultura periurbana, fortalecendo as políticas públicas de geração de renda
e a inclusão socioeconômica no município.
Nesta edição, os moradores do
Curió-Utinga vão aplicar os ensinamentos durante o projeto de revitalização que
será implantado na comunidade do entorno do PEUt.
A primeira turma do projeto teve
início em dezembro de 2011 e era formada por internos da Superintendência do
Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe). A partir de 2015 o projeto
foi aberto à comunidade em geral e, desde então, cinco turmas já foram
certificadas, totalizando mais de 100 pessoas.
Mercado – De acordo com o
Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), em 2015 o faturamento do setor
no país foi de R$ 6 bilhões, contra R$ 5,7 bilhões em 2014. No Brasil, a
profissionalização e o dinamismo comercial da floricultura são fenômenos
relativamente recentes. No entanto, a atividade já contabiliza números
extremamente significativos.
Desde 2006 o segmento de flores
tem registrado altas de 5% a 8% em volume comercializado e de 4% a 7% em valor
de mercado. A produção de flores e plantas ornamentais no Brasil tem como
principal destino o mercado interno, que responde por 97% da floricultura
nacional. No Pará, o consumo per capta de flores ainda é baixo, com
aproximadamente R$ 23 por habitante.
No último levantamento feito pelo
Ibraflor, em 2015, o Brasil contava com cerca de oito mil produtores de flores
e plantas. Juntos, eles cultivavam mais de 350 espécies com cerca de três mil
variedades, constituindo, assim, uma importante atividade na economia
brasileira, responsável, à época, por 215.818 empregos diretos, sendo 78.485
(36,37%) relativos à produção, 8.410 (3,9%) relacionados à distribuição,
120.574 (55,87%) no varejo e 8.349 (3,8%) em outras funções, em maior parte
como apoio.