Assembleia Legislativa vai lançar livro comemorativo aos 400 anos de Belém


O legislativo do Estado do Pará lança nesta quarta (27), a partir das 18h30, no Palácio Lauro Sodré, sede do Museu do Estado do Pará, antigo Palácio dos Governadores, um novo livro “O Parlamento Paraense na Construção da Cidade de Belém”. A edição contém pesquisas feita pela Comissão do Acervo da Assembleia Legislativa do Estado do Pará, (comprovação) demonstrando através de leis publicadas, projetos de lei apresentados, documentos, pareceres e relatórios a participação dos deputados estaduais, ao longo da existência do Poder Legislativo do Pará, na construção da legalidade constitucional de cidade de Belém.

O livro tem a apresentação do presidente Márcio Miranda e traz o depoimento dos 41 deputados estaduais da atual legislatura e ainda, o da deputada Ana Cunha, licenciada para exercer o cargo de Secretaria Estadual de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda - SEASTER.

Os parlamentares descrevem nos seis capítulos da edição suas emoções e sentimentos sobre monumentos, igrejas, representações culturais ou religiosas instaladas em Belém ou que interferiram ou contribuíram para o desenvolvimento da cidade.

“Se a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré é o orgulho de milhares de fiéis católicos, o Teatro da Paz é, unanimemente, o xodó do povo ”, expressou o deputado Márcio Miranda. Para o deputado Iran Lima, líder da maior bancada de oposição, “o Ver-o-Peso representa o aroma do povo......”. “O passear por suas barracas é sentir o cheiro marcante das frutas e ervas de nossa região”, interpretou.

“Falar da Estrada de Ferro Belém-Bragança é abrir um sentimento de saudade no coração do povo da cidade. Em uma época em que as águas eram a única forma de se chegar a Belém......, expressou o deputado Carlos Bordalo (PT). “A leitura e a escrita são práticas sociais de suma importância para o desenvolvimento da cognição humana’, destaca o líder do governo, deputado Eliel Faustino, ressaltando o papel da Biblioteca Arthur Vianna, em seus 145 anos na formação, desenvolvimento do intelecto, imaginação, e aquisição de conhecimentos de jovens, populares e pesquisadores.

Este novo livro é o terceiro editado na gestão atual, e depois da criação da Comissão do Acervo em 2013, hoje já instituída como Departamento de Acervo Histórico do Poder Legislativo Estadual, coordenado pelo historiador Thiago Viana. Neste período, o acervo já produziu e editou, “A história dos 190 anos do Poder Legislativo Estadual e “Gerson Peres, um político notável”, sobre sua trajetória como deputado estadual e na presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Pará.

O livro que vai ser lançado em comemoração aos 400 anos de Belém, completado este ano, traz por exemplo documentos raros e até inéditos, como por exemplo, a Resolução nº 174/1850, “que autoriza o Governo da Província a aterrar e nivelar todo o largo do Palácio do Governo”, para a construção de esgotos, revestir os passeios com calçadas, colocando-se assentos e fazendo-se nele plantações de arvoredos e o que fosse necessário e útil ao público”. O largo do Palácio era constituído na época pela área que hoje abrangem a atual Praça Dom Pedro II, a Praça do Relógio, e a Avenida Portugal.

Naquela época, na Doca do Ver-o-Peso desaguava o “Igarapé do ‘Piri’” que nascia e corria onde hoje fica a travessa 16 de novembro. Este igarapé foi aterrado, canalizado e nivelado, e nele foi plantado palmeiras imperiais[1] e onde, mais tarde, foi erguida uma praça que recebeu o nome de Praça Dom Pedro II, em homenagem ao último imperador do Brasil. Antes, porém, recebeu as seguintes denominações: Largo do Palácio, Largo da Constituição, a partir de 1821, e Largo da Independência por ter servido de palco ao movimento nacionalista que no dia 11 de agosto de 1823, fez o Pará aderir à Independência do Brasil.

Para a solenidade estão sendo convidados os chefes dos Poderes Executivo e Judiciário do Estado do Pará e de Belém, os secretários de Estado, e todos os parlamentares do Congresso Nacional - senadores e deputados federais; os deputados estaduais e os vereadores da capital. Os titulares dos Tribunais de Contas dos Municípios e do Estado, e ainda os do Ministério Público do Estado.

[1] Retratado por Giuseppe Leone Righini, pintor e naturalista que passou por Belém, em sua tela “Largo do Palácio”, que pertence à Biblioteca Brasiliana Guita e José Midlin - BBM, na Universidade de São Paulo – USP.