A Ferrovia Paraense, conhecida
como Fepasa, vai se tornando uma realidade palpável. Não há volta nesse caminho
de trilhos, que promete cortar o estado do Pará, de norte a sul. O Governo do Estado
está empenhado em implantar esse projeto de ferrovia na região nordeste
paraense. Mas, representantes de quilombolas, indígenas, camponeses,
agroextrativistas e ribeirinhos estão temerosos com algumas questões,
principalmente relacionado ao meio ambiente.
O certo é que o processo de
implantação da ferrovia corre “à passos largos”. O secretário estadual de
Desenvolvimento Econômico, Adnan Demachki, anda de um lado para o outro em
busca de recursos para a implantação do projeto, que segundo ele, é totalmente viável
economicamente, tem interesse de mercado e não atinge o meio ambiente. O
objetivo do empreendimento seria “melhorar” o escoamento da produção agrícola
do estado.
Projeto da Ferrovia Paraense - Foto: Diego Sulivan |
E o Governo do Estado tem pressa.
O início da construção da ferrovia está previsto para 2018. A cada reunião com
empresas privadas, o governador do Pará Simão Jatene sai convencido de que a inauguração
da Ferrovia Paraense está próxima.
“Deixamos claro que, no momento em que
vivemos, é preciso um esforço conjunto entre Estado e iniciativa privada,
baseado numa lógica de confiança e de disposição, disse Jatene.
O vice-presidente da Federação
das Indústrias do Estado do Pará – Fiepa - e presidente do Centro das
Indústrias do Pará (CIP), José Maria Mendonça, considera o projeto importante para
o Pará e para a região Norte: “Nós precisamos das nossas rodovias, precisamos
das nossas hidrovias, mas também precisamos de ferrovias”. Já o presidente do
Sindicado das Indústrias da Mineração (Simineral), José Fenando Gomes, destacou
que a ferrovia é vital para a competitividade dos negócios no Pará. “É preciso
que as entidades, o governo e o setor privado se unam”, disse ele. Para o
presidente da Associação Comercial do Pará (ACP), Lúcio Fábio Costa, a
sociedade paraense precisa aderir ao projeto da ferrovia. “É uma oportunidade
que o Pará tem de pensar sua logística em longo prazo”, afirmou Fábio Lúcio.
# Reportagem Celso Freire