Especial: Trilhos “rasgam” o Pará de norte a sul



A Ferrovia Paraense, que é um projeto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Pará (Sedeme), deve atravessar a porção oriental do Estado de sul a norte em 1.312 quilômetros. Ela deve se conectar com a Ferrovia Norte-Sul, e permitir que a carga transportada pelos trilhos, chegue até o Porto de Barcarena, na Região Metropolitana de Belém, o mais próximo dos principais mercados consumidores do Brasil, que são a China, Europa e Estados Unidos. A Ferrovia Paraense deverá iniciar em Santana do Araguaia e passaria por Redenção, Xinguara, Marabá, Rondon, Nova Ipixuna, Ulianópolis, Paragominas, Barcarena e Colares.

O custo do projeto está estimado em R$ 14 bilhões, considerando investimentos na construção da própria ferrovia e de entrepostos de carga. Os investimentos privados previstos para a ferrovia seriam de R$ 8 bilhões, mais R$ 6 bilhões para o superporto e outros R$ 2 bilhões para a construção de um condomínio industrial próximo ao porto, que tem capacidade para receber navios de grande capacidade.


A Ferrovia Paraense deverá cruzar 23 municípios do Estado e terá capacidade de carga de até 170 milhões de toneladas por ano. Representantes de 26 empresas que possuem projetos no trajeto da ferrovia, além de 12 prefeituras de municípios, esperam que haja progresso na rota do trem. O governo informou que o número de empregos deve subir. O empreendimento pretende gerar pelo menos 38 mil empregos diretos e indiretos.  


# Reportagem Celso Freire