O Hangar Convenções e Feiras da
Amazônia, localizado no bairro do Marco, em Belém, terá 70% do seu consumo de
energia elétrica abastecido com energia solar. A medida faz parte de um projeto
piloto do Governo do Pará, implantado por meio da Secretaria de Desenvolvimento
Econômico (Sedeme), em parceria com a Celpa e com as secretarias estaduais de
Cultura (Secult) e de Turismo (Setur). A mini usina de energia, que será
instalada no estacionamento do complexo de eventos, tem previsão de conclusão
para dezembro e deverá entrar em operação até março de 2018, compondo um dos
maiores empreendimentos do gênero no Brasil.
O projeto foi dividido em quatro
fases e já tem 1/3 de suas instalações concluído. Na tarde desta quarta-feira
(11), os secretários estaduais Adnan Demachki (Sedeme) e Adenauer Góes (Setur),
visitaram a obra ao ar livre no Hangar, acompanhados de representantes da
Organização Pará 2000, que administra o espaço, bem como, de técnicos da
empresa contratada para executar os
trabalhos.
Adnan Demachki explicou que a
Sedeme implantou um programa de estímulo à produção de energia solar no Estado,
fomentando essa nova matriz a partir da adesão do Executivo Estadual ao
convênio do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e prestação de Serviços
(ICMS), do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que isenta de
ICMS projetos, de pessoas jurídicas ou físicas com produção de até 1 MW
(megawatt), de energia fotovoltaica (solar).
Ele disse, ainda, que privilegiou
a energia solar porque além de ela estar permanentemente disponível, no Pará os
dias costumam ter mais horas de luz do que na maioria dos outros estados
brasileiros pela proximidade com a linha do Equador, e por também por tratar-se
de uma energia limpa, ou seja, ambientalmente correta. E não bastasse o ganho
ambiental, frisou Demachki, “há os ganhos econômicos também, pois além da
produção da energia solar ser mais barata que a convencional, a não cobrança do
ICMS é um diferencial.”
Em fevereiro deste ano, a Sedeme
apoiou a instalação e operação da primeira usina de energia solar do Brasil no
formato de cooperativa. Ela já funciona em Paragominas, no sudeste paraense,
implantada por 23 consumidores da própria cidade com apoio e orientação da
Secretaria. O secretário deseja que esses dois projetos, o público e o privado,
sejam referências para todo o Estado, incluindo os órgãos públicos.
Alberto Melo, diretor de
Operações da empresa Solo e Energia, contratada para a instalação da mini usina
no Hangar, explica que o nome técnico da estrutura que está sendo montada no
complexo é CarPort, termo inglês para cobertura de garagem, com utilização de
módulos fotovoltaicos.
"Cada CarPort tem 72
módulos, e cada módulo tem capacidade de gerar 265 watts por hora. A previsão
de conclusão é para ainda este ano'', assegura Melo.
A energia gerada pelas plantas
fotovoltaicas vai atender 70% do consumo do Hangar, podendo ser ampliada. No
entanto, para garantir energia à noite e em dias de forte nebulosidade, o
sistema continuará conectado à rede de fornecimento de eletricidade
convencional, em sistema de compensação.