O Programa de Microcrédito do
Banco da Amazônia completa este ano uma década de atuação na Região Norte,
beneficiando pequenos e microempreendedores, principalmente os informais. A
iniciativa já liberou mais de R$ 390 milhões durante este período. Para lembrar
a data, o Banco promoverá um evento no auditório Rio Amazonas, quando serão
homenageados clientes casos de sucesso do programa. Hoje, este tipo de
financiamento é oferecido pela Instituição, por meio de uma rede de 15 unidades
de microfinanças, que fazem parte da Associação de Apoio à Economia Popular da
Amazônia – AMAZONCRED.
De acordo com o gerente de Pessoa
Física do Banco da Amazônia, Misael Moreno, o Amazônia Florescer promove a
inclusão social, dos que não têm possibilidade de serem atendidos pelo sistema
tradicional de crédito. Antes de receber o financiamento, o empreendedor passa
por uma série de orientações para saber fazer seu planejamento financeiro,
recebe capacitação e aprende boas práticas. “Para integrar o programa, a pessoa
deve formar um grupo solidário de no mínimo quatro empreendedores. Esse grupo
recebe o financiamento que deve ser dividido entre seus membros, com
acompanhamento por um agente de microfinanças “in loco” do desenvolvimento
individual e o do negócio de cada um que recebe o crédito”, explica o gerente.
Uma das beneficiadas pelo
programa é Ruth Santos, residente em Abaetetuba, que participa desde 2011 e se
profissionalizou como cabeleireira, estética, e outras atividades no ramo da
beleza. Após ser contemplada pelo empréstimo, Ruth terminou de construir sua
casa e conseguiu comprar seu primeiro lavatório. O planejamento do salão passou
a ser realidade com o auxílio do projeto oferecido pelo Banco, conseguiu
expandir seu projeto, contratando duas ajudantes. Hoje em dia, a cabeleireira
se mantém do lucro do salão. “O financiamento fez minha atividade crescer e
melhorei o espaço para atrair clientes e satisfazer minha clientela”, contou.
Ela revelou também que as embalagens dos produtos comprados utilizados nas suas
atividades diárias são doadas para reciclagem, contribuindo para a
sustentabilidade ambiental.
Outra beneficiada é Regilene
Rodrigues que sempre trabalhou com vendas em empreendimentos de outras pessoas.
“O Amazônia Florescer está em minha vida desde 2015. Chegou para eu realizar
meu sonho de ter o próprio negócio”, comentou. Com o empréstimo, ela conseguiu
construir seu armarinho, no Benguí.
No início do Comércio, ela
trabalhou com cosméticos, logo depois conseguiu expandir sua loja vendendo
roupas, cosméticos e todos os tipos de mercadoria. Além disso, trabalhou com
revendedora de cosméticos e desde então o seu comércio está crescendo.
Expansão tecnológica
Segundo o gerente Misael Moreno,
o Banco planeja expandir o programa, trabalhando por meio de ferramenta
digital. “Vamos colocar o Amazônia Florescer em um aplicativo – MPO Digital.
Está em fase de desenvolvimento”, revelou.
De acordo com o diretor de Infraestrutura do Negócio do Banco da Amazônia, Valdecir Tose, o aplicativo vai melhorar o acesso ao financiamento de atividades empreendedoras populares urbanas da Região Amazônica, com metodologia diferenciada, possibilitando-lhes o fortalecimento de suas unidades produtivas com geração de emprego e renda.
Até o momento, ao todo, mais de
230 mil micro empreendedores populares já foram atendidos pelo programa em 10
anos. Entre as principais atividades financiadas pelo programa destacam-se o
comércio com 80% da carteira, em seguida, serviço e produção com 20%.
Com o Amazônia Florescer, a
instituição cumpre mais uma vez seu papel de agente de desenvolvimento regional
e executor da política do Governo Federal ao crédito para o desenvolvimento
econômico social.